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SAÚDE
LER tem tratamento alternativo e tradicional
da Reportagem Local
Vítimas da LER (Lesão por Esforço Repetitivo), também conhecida como Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho), podem recorrer ao tratamento da medicina tradicional
ou a métodos alternativos.
A "doença de trabalho do século" é um mecanismo de inflamação dos tendões causado por forças de repetição, segundo Flavio
Murachovsky, 42, ortopedista do
Hospital Israelita Albert Einstein.
Posturas inadequadas, associadas ao movimento repetitivo,
agravam a inflamação, que é diagnosticada com maior frequência
no punho, no cotovelo, nos ombros, no pescoço e nas costas.
As últimas estatísticas do INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social), de 96, registraram 34.889 casos de doenças ocupacionais (dermatose, intoxicação, LER, problemas pulmonares e surdez) no país.
A LER, para o chefe do setor de
cirurgia de ombro e cotovelo do
departamento de ortopedia da
Universidade Federal de São Paulo, Sergio Nicoletti, 51, é uma
combinação de problemas emocionais e sobrecarga de trabalho.
"O excesso de repetição e de esforço, a postura inadequada, um
clima ruim na empresa e a má
qualidade de vida fora do trabalho
contribuem para o desenvolvimento da doença", explica.
Tradicional
O tratamento consiste na diminuição da carga de trabalho (o que
não implica o afastamento do trabalho, mas do "ambiente doente"
que causou a LER, por meio de um
remanejamento), repouso, uso de
analgésicos e fisioterapia.
Inicialmente, o paciente deve ser
tratado por um ortopedista, mas,
no decorrer do tratamento, o caso
pode vir a ser acompanhado por
uma equipe multidisciplinar, formada por neurologista, psicólogo,
fisioterapeuta e assistente social.
O ideal, diz Murachovsky, é que
o paciente procure ajuda médica
quando a LER está na fase aguda.
"Na fase crônica, quando ela persiste, são poucos os recursos que
podem ser usados na cura."
Os principais sintomas, explica,
são dor, rubor (vermelhidão), inchaço, calor e perda da força.
Alternativos
A acupuntura também é um dos
métodos. Segundo Eduardo de
Oliveira, 60, ortopedista especializado em acupuntura, o método
não exclui outros tratamentos.
O fator emocional, afirma, é responsável por, pelo menos, 50%
dos casos de LER. A insatisfação, a
cobrança e o excesso de trabalho
são fatores que se refletem na dor e
desequilibram o organismo.
"Usamos agulhas para equilibrar o emocional e também as colocamos nos pontos de dor. Mas
recomendamos apoio psicológico,
de médicos do trabalho e outros
profissionais que possam deixar o
tratamento mais completo."
Outra teoria alternativa foi desenvolvida por Yoshiaki Omura,
especialista em ciências médicas e
física formado pela Universidade
de Columbia, nos Estados Unidos.
Os campos eletromagnéticos, na
opinião dele, seriam responsáveis
pela LER, e não só os movimentos
repetitivos e a postura inadequada. Ele detectou vírus e bactérias
no local onde a dor se instalava.
Na teoria, campos eletromagnéticos seriam responsáveis pela alteração da membrana celular, facilitando, assim, a penetração dos
agentes causadores da infecção
(vírus e bactérias), o que dificultaria também a eficácia de remédios.
A prevenção, segundo ele, seria
o uso de uma proteção especial no
computador, que ainda está em
fase de desenvolvimento nos EUA,
e o afastamento do disco rígido.
O tratamento, individualizado,
começa com um teste, que detecta
as deficiências do organismo, seguido de medicamentos à base de
coentro, acupuntura e "shiatsu".
Onde encontrar - Disque-Saúde do Ministério da Saúde: tel. (0800) 61-1997.
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