São Paulo, domingo, 05 de setembro de 2004

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TOMA LÁ, DÁ CÁ

Firma diz que resultado inicial é positivo

Bônus perdido por um engorda renda alheia

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quem quer dinheiro? Vale a máxima de Silvio Santos: se o participante não levar o prêmio, o auditório ganha.
A tática é realidade na Solarium, fabricante de pisos que reformulou recentemente seu programa de incentivo aos funcionários. Na empresa, quando um empregado da produção não tem desempenho merecedor de bônus, seu prêmio não retorna ao caixa -é distribuído entre todos os que atingiram as metas.
A avaliação de quem perde e de quem ganha é feita com base em critérios como número de peças produzidas por dia e assiduidade. Para perder o dinheiro extra, basta faltar ao trabalho duas vezes no mesmo mês.
Entre o incentivo ao esforço individual e, no íntimo, uma pequena torcida pelo fracasso do colega, os funcionários aprovam a estratégia.
Segundo a empresa, o comportamento dos empregados mudou. Quem antes fazia "corpo mole" está mais atento, e a equipe está menos disposta a acobertar os erros dos colegas.
Na área administrativa, um dos critérios é o corte de custos fixos. "São sempre metas atingíveis, nada absurdo", diz Juliana Leite Palermo Lopes, 28, gerente da área administrativa. "O que a gente recebia antes [participação nos lucros e nos resultados] era pouco perto do que podemos ganhar hoje."
As regras só não valem para a equipe de vendedores, que tem um programa especial de incentivos. O objetivo da diferença é evitar a competição predatória, que, de acordo com a Solarium, seria inevitável se o fracasso de um vendedor beneficiasse os demais. (BL)


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