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Bom desempenho não depende só de felicidade
Busca por superação e estresse positivo ajudam profissional a crescer
DE SÃO PAULO
A felicidade no trabalho
ou fora dele é particular a cada um. Esse é o consenso entre psicólogos, gestores de recursos humanos e profissionais que buscam satisfação.
"As pessoas trabalham
mais contentes se encontram
sentido no que fazem", aponta Roberto Heloani, psicólogo e professor da Fundação
Getulio Vargas de São Paulo.
Mas mesmo pessoas infelizes podem apresentar bom
desempenho. A felicidade é
medida por meio de um complexo conjunto de fatores, e
não é só o trabalho que interfere diretamente nela.
O meio familiar, a comunidade em que se mora, os anseios que a pessoa tem e a
possibilidade de alcançá-los
também contribuem para a
possibilidade de satisfação,
complementa Heloani.
No trabalho, é mais simples: as pessoas têm necessidades de superação de metas. Isso as impulsiona e as
realiza profissionalmente,
segundo Tania Casado, especialista em comportamento e
pesquisadora da FIA.
PRESSÃO POSITIVA
Até o estresse tem seu papel na realização. Teóricos
afirmam que há dois tipos de
estresse. O patológico ("distress"), que desgasta, e o
"eustress", que ocorre quando há quantidade saudável
de esforço para superar desafios e proporciona prazer
com o trabalho.
"Esse tipo de esforço é fundamental para a constante
busca do prazer profissional.
Nenhum trabalho é totalmente feliz. A vida não é assim, e isso a deixa mais interessante", opina Heloani.
Mas nem todos reagem positivamente a pressões profissionais mesmo em níveis
aceitáveis, ressalta Jairo Borges-Andrade, presidente da
Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e
do Trabalho.
(BB)
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