São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997.

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ELA PROSSEGUIU
Concurso abriu as portas da profissão

da Reportagem Local

Tudo começou em um concurso para as Casas Pernambucanas. Alessandra Berriel, 26, da agência Mega, morava em Marília (443 km a noroeste de São Paulo) quando viu uma propaganda e foi incentivada pela amiga e pelo irmão.
Logo depois, foi chamada para o primeiro trabalho. Na época, tinha apenas 15 anos. Terminou o colégio e veio para São Paulo.
"Não dá para estudar tendo vida de modelo, porque você não faz bem nem uma coisa nem outra."
Na adolescência, não se achava bonita. "Sempre tinha gozação com as garotas magras e altas. Chamavam de girafa, de tudo".
Tudo muda depois de entrar na profissão, de acordo com ela. ``O sonho se transforma em realidade, passa a ser um dia-a-dia.''
Seu maior cachê foi para a Chanel -por 19 dias de desfiles no Japão, ela embolsou uma quantia de aproximadamente R$ 50 mil.
Se tivesse de definir quanto ganha por mês hoje em dia, diria que é entre R$ 8.000 e R$ 12.000.
Ela procura investir tudo, ao contrário do que faz a maioria das modelos, que gastam. ``A maioria mora com os pais e não tem tanta responsabilidade'', afirma.
Por isso, ela comprou três apartamentos -um em São Paulo e dois em Marília-, telefone e carro, entre outros bens.
Ela não pensa em até quando vai trabalhar. "O importante, para a profissão, é estar com um corpo legal", afirma a modelo, que pretende cursar jornalismo no futuro -e tentar algo na TV.
Alessandra pode ser vista neste mês em um editorial de moda da revista ``Marie Claire'' e em vários programas de TV -na semana passada, havia gravado uma entrevista no ``Jô Soares Onze e Meia'' e deve aparecer no dia 21 no programa ``Hebe'' (SBT).
Para novatas, ela dá uma dica: é complicado começar a carreira de modelo atuando como recepcionista em feiras e eventos.
"Não deixa de ser um trabalho, mas há preconceito até por parte das garotas que fazem. Se a pessoa aceita fazer trabalhos assim, fica difícil depois pegar um grande editorial de moda", avalia.

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