São Paulo, domingo, 06 de abril de 2008

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CÁLCULO DE ÁREA

Mas é preciso ter paciência para retomar a velocidade da carreira

Andar de lado é opção de mudança profissional

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se, no meio da trilha de sua carreira, o profissional perceber que aquele não é mais o trajeto que quer percorrer, a saída poderá ser o caminho ao lado.
A chamada migração lateral ocorre quando se é transferido para outro setor, ocupando um cargo do mesmo nível hierárquico que o posto anterior. Assim, é preciso ter paciência para retomar a rota de crescimento da carreira.
Insatisfação, oportunidade de conhecer outros departamentos e chance de enfrentar novos desafios podem ser motivadores para que um funcionário queira mudar de área dentro da empresa.
É preciso, porém, tempo até se obter experiência para ocupar um posto de destaque, principalmente se a área for muito distinta da atual, diz Denise Barreto, sócia-diretora da consultoria GNext Talent Search.
"Mas não há necessidade de dar um passo atrás", observa.
Ao buscar esse nível paralelo, normalmente não há aumento salarial, diz Barreto.

Rotação
Especialistas consultados pela Folha dizem que a prática de migração lateral de área existe, mas não é tão usual entre empresas no Brasil.
Contudo, há firmas que incentivam a mudança periódica de setor -o "job rotation"-, para que o empregado tenha uma visão geral do negócio.
"Se o profissional quer mudar, deve identificar oportunidades dentro da empresa", aconselha Fernando Mantovani, gerente da empresa de recrutamento Robert Half.
Cristiano Dias, 29, participou do programa de movimentação interna da Claro. Desde janeiro, é analista sênior de serviços de valor agregado.
Engenheiro da computação, ele tinha antes o mesmo cargo, mas na área de tecnologia da informação. "Possuía o conhecimento técnico de produtos. Agora, estou tendo o conhecimento de negócios."

Sinalização
Gerente de marketing da Unilever, Roberta Sant'Anna, 30, sempre soube que esse seria o campo em que gostaria de atuar. "Mas, antes de ir para lá, eu precisava ter experiência em outras áreas, para de fato me transformar numa profissional de marketing", considera.
Antes da mudança, Sant'Anna foi gerente de "trade marketing". Passando por vários setores de vendas, ela nunca deixou de sinalizar para a chefia qual era a sua área de preferência.
Ainda que a companhia não tenha uma política sobre mudança de área, o profissional pode tentar conversar com o gestor de seu setor sobre a possibilidade e os motivos da transferência.
"Ele deve verificar se existem casos similares para entender se isso faz parte da cultura da empresa, ainda que informalmente", aconselha Maurício Miranda, gerente da área de consultoria em gestão de capital humano da Deloitte. (IG)


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