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Gerente teve de demitir toda a equipe
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Algumas pessoas já passaram por um processo de
fusão na empresa em que
trabalham. O administrador Caio Marcelo Suplicy
Mazzola, 36, tem duas experiências. Em uma, atuava na firma adquirida e, na
segunda, na compradora.
Ambos os casos ocorreram em instituições financeiras. "Quando o banco
em que eu trabalhava foi
vendido, soubemos [os gerentes] apenas um dia antes do anúncio. Foi uma
incerteza muito grande."
A instrução recebida por
Mazzola foi a de demitir
toda a equipe. "É complicado, porque, além de a
empresa ter sido vendida,
os colegas foram embora."
Mazzola, que era gerente de implantação comercial antes da fusão, passou
para o cargo de analista e
perdeu sua autonomia.
Com o tempo, lembra ele,
o clima entre os funcionários se deteriorou e sua
desmotivação aumentou.
"Há muita insegurança
em uma fusão. Você tem
que provar para a empresa
e para si mesmo que tem
condições de encarar o novo desafio e uma cultura
diferente", avalia.
Não foi demitido, mas
procurou outras oportunidades. Três meses depois
da fusão, deixou o banco
para entrar em uma outra
instituição financeira.
No novo emprego, como
supervisor de inspetoria,
deparou-se com outra fusão de companhias. Só
que, dessa vez, a compradora era a corporação em
que ele trabalhava.
"Foi um processo completamente diferente do
anterior, onde implantamos toda a nossa cultura.
Eu me vi do outro lado da
mesa, avaliando os funcionários que chegavam."
(MB)
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