FREE-LANCE PARA A FOLHA

Não adianta ter ilusões: mesmo no caso de trabalhos que duram apenas um ou dois meses, as exigências para se conseguir uma vaga são grandes. Quando as oportunidades em questão estão nos setores de entretenimento e turismo, o domínio de um idioma estrangeiro passa a ser eliminatório.
De secretárias a monitores, os pedidos solicitados para os candidatos vão do inglês ao francês, como é o caso do Club Med. "Recebemos muitos estrangeiros e precisamos que os monitores tenham fluência pelo menos em inglês", afirma Fátima Maciel, diretora de recursos humanos.
O estudante Gabriel Figueiredo, 23, trancou a faculdade de turismo quando soube que o Club Med de Itaparica, na Bahia, estava recrutando temporários para trabalharem por um ano. "Dominar o inglês foi o que me fez conseguir a vaga", diz. Nos primeiros meses, ganhava R$ 400 e, quando deixou o emprego, R$ 800. "Certamente meu currículo foi beneficiado com essa experiência."
A procura por acampamentos com atividades em inglês fez com que a Fazendinha Estação Natureza criasse uma equipe bilíngüe. "A demanda vem crescendo há três anos", afirma Denise Cury, 38, proprietária. Em julho, a remuneração será de R$ 40 por dia.
Willian Shiang, 24, aproveitou a experiência do intercâmbio que fez nos Estados Unidos, durante um ano, para conseguir uma vaga de estagiário no acampamento English Camp, logo que entrou na faculdade. "Hoje trabalho numa consultoria, mas sempre sou chamado para ser monitor nas férias, nos feriados e nos finais de semana. Lá, quem não domina o inglês não tem chances", garante.


Texto Anterior: 4.805 vagas: Julho é mês de "ralação" para universitários
Próximo Texto: Em abril, 19% das vagas de estágio ficaram abertas
Índice