Happy hours e cirurgias viram benefícios na hora de reter trabalhadores

ADRIANA ABREU
DE SÃO PAULO

Sobrepujadas pela sedução de marcas famosas, com programas de carreira custeados por faturamentos milionários, as pequenas e as médias empresas miram seu principal desafio atual: reter mão de obra qualificada.
É o que indica a pesquisa Empresas Familiares 2010, lançada na última quarta- feira pela PricewaterhouseCoopers, com organizações de pequeno e médio portes.
Entre os cem executivos brasileiros ouvidos -no total, foram 1.606 em 35 países-, 63% colocam a retenção de talentos como meta. Para isso, planejam oferecer desafios profissionais (85%) e melhorar os salários (82%).
Mas muitos sabem que, para manter os melhores na equipe, é preciso ir além.
"Benefícios inusitados são opções para quem não pode oferecer remuneração agressiva", aponta Ana Cristina Limongi França, do Núcleo de Gestão de Qualidade de Vida no Trabalho da USP. "Happy hours, premiações mensais, treinamentos e bônus são exemplos."
Na carreira da coordenadora da Soluções Consultoria Tatiana Lobo, 28, que ganhou uma cirurgia para corrigir a miopia como bonificação, a estratégia funcionou. "Recebi propostas de multinacionais, mas aqui o meu trabalho é reconhecido."


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