São Paulo, domingo, 08 de fevereiro de 2009

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Corte de estagiários não segue padrão em empresas, indústrias e academia

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar da queda registrada pela Abres, nem todos os setores apontam a mesma retração na quantidade de estagiários.
A maioria das consultorias que intermedeiam programas de estágio ouvidas pela Folha afirma que seus clientes não reduziram o número de vagas.
"Empresas com RH estruturado, que fazem programas de estágio com objetivo de desenvolver talentos, adequaram-se à lei e não diminuirão vagas. E isso independe de seu porte", pondera Renata Schmidt, gerente da Foco Talentos.
Caso da CAS Tecnologia, que contratou dois estagiários a mais na produção para compensar a redução da carga horária. Ao todo, são oito pessoas estagiando. "Treinar o estudante faz parte da política da empresa", diz a analista de RH Gabriela Ricciardi Zamoro.
A indústria trabalha com um cenário de queda menor, destaca Ricardo Romeiro, gerente de estágio do Instituto Euvaldo Lodi, ligado à CNI (Confederação Nacional da Indústria).
"A redução de 60% [das vagas], como alguns previram, não está acontecendo." Ocorreu, de acordo com Romeiro, diminuição de cerca de 10%.
Em instituições de ensino como a USP (Universidade de São Paulo) e a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), o balanço varia. Uma parte delas aponta retração no número de contratos firmados em janeiro de 2009 em relação ao mesmo mês de 2008. A outra parte diz não ter verificado diminuição de contratos.
Na avaliação dos profissionais de setores de estágio, foi a crise -e não a lei- o que mais prejudicou novas contratações.


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