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Corte de estagiários não segue padrão em empresas, indústrias e academia
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar da queda registrada
pela Abres, nem todos os setores apontam a mesma retração
na quantidade de estagiários.
A maioria das consultorias
que intermedeiam programas
de estágio ouvidas pela Folha afirma que seus clientes não
reduziram o número de vagas.
"Empresas com RH estruturado, que fazem programas de
estágio com objetivo de desenvolver talentos, adequaram-se
à lei e não diminuirão vagas. E
isso independe de seu porte",
pondera Renata Schmidt, gerente da Foco Talentos.
Caso da CAS Tecnologia, que
contratou dois estagiários a
mais na produção para compensar a redução da carga horária. Ao todo, são oito pessoas
estagiando. "Treinar o estudante faz parte da política da
empresa", diz a analista de RH
Gabriela Ricciardi Zamoro.
A indústria trabalha com um
cenário de queda menor, destaca Ricardo Romeiro, gerente de
estágio do Instituto Euvaldo
Lodi, ligado à CNI (Confederação Nacional da Indústria).
"A redução de 60% [das vagas], como alguns previram,
não está acontecendo." Ocorreu, de acordo com Romeiro,
diminuição de cerca de 10%.
Em instituições de ensino
como a USP (Universidade de
São Paulo) e a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), o
balanço varia. Uma parte delas
aponta retração no número de
contratos firmados em janeiro
de 2009 em relação ao mesmo
mês de 2008. A outra parte diz
não ter verificado diminuição
de contratos.
Na avaliação dos profissionais de setores de estágio, foi a
crise -e não a lei- o que mais
prejudicou novas contratações.
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