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Agressão também ocorre com afastados
Profissionais com doenças ocupacionais enfrentam rejeição ao voltar a trabalhar
DE SÃO PAULO
Uma forma comum de violência psicológica no ambiente profissional é a que
sofre quem tem doença ou é
acidentado no trabalho.
O funcionário é diagnosticado e afastado para se recuperar. Ao retornar, precisa
ser reabilitado, mas às vezes
encontra rejeição de colegas.
"A pessoa doente é vista
equivocadamente como frágil ou incapacitada", diz Roberto Heloani, psicólogo, advogado e co-produtor do site
www.assediomoral.org.
A funcionária pública Débora, que não quis se identificar, ficou afastada três meses por LER (lesão por esforços repetitivos) em seu braço, causada por condições
de trabalho. Ao voltar ao emprego, foi hostilizada por colegas que a substituíram.
"Eles dizem que deixei todo o trabalho para eles", diz
ela, que foi transferida de setor duas vezes e ainda assim
afirma sentir rejeição dos colegas nas novas funções.
Para médicos e psicólogos
ouvidos pela Folha, a desmoralização nas equipes é
mais frequente que o assédio
entre chefe e subordinado.
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