São Paulo, domingo, 09 de agosto de 2009

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saúde corporativa

LER/Dort tem tratamento individual em firmas

Objetivo é evitar afastamento de profissionais por causa de lesões

DA REPORTAGEM LOCAL

Em vez de só oferecer ginástica laboral, algumas empresas também têm dado tratamento individualizado, muitas vezes multidisciplinar, aos funcionários para prevenir LER/Dort (lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho).
O objetivo é evitar que seus trabalhadores se juntem aos 117,4 mil afastados por esse tipo de lesão pela Previdência Social -último número apurado pelo órgão, em 2008.
Apesar de ser restrito a algumas empresas, é crescente o número de companhias que investem em ações de saúde personalizadas, indicam o presidente do Crefito-SP (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), Gil Lúcio Almeida, e o conselheiro do Coffito (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) Wilen Heil e Silva.
"Algumas empresas entenderam que é melhor tratar do que perder [o profissional] de vista", destaca a especialista em ergonomia Claudia Rossi, da CNRossi Ergonomia e Fisioterapia Preventiva. Para ela, há até quem transfira o tratamento para dentro da firma. "Diminui-se o tempo de deslocamento e podem-se focar as áreas que mais demandam atenção."

Ganhos
Essas iniciativas reduzem os gastos da companhia com saúde. Para o profissional, as ações ajudam a melhorar a qualidade de vida. Assim, o resultado é o aumento de produtividade.
Na firma em que Sônia Martines, 49, atua como auxiliar de embalagem, os casos identificados são direcionados para tratamento multidisciplinar.
Ela, que teve LER/Dort diagnosticada há quatro anos, é acompanhada por psicólogo e profissionais de RPG e acupuntura. Não comparece à empresa às quintas-feiras e recebe o valor gasto com transporte.
"Também fui remanejada de função", diz Martines, que elogia a iniciativa da companhia.
"O processo de prevenção foi abordado de forma generalista pelas empresas, que agora têm investido mais em reabilitação", reitera a diretora da clínica Equilibryum (reabilitação e consultoria em saúde), Eliane Cukierman. (RB)


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