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São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2003

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BENEFÍCIOS

SÓ PARA ELAS

Ascensão do sexo feminino no mercado de trabalho incentiva companhias a criarem "políticas cor-de-rosa" no setor de RH, que incluem instalação de creches, salas para amamentação e salão de beleza

Para mulheres, empresa é uma "mãe"

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Um dos sintomas de que as mulheres vêm ganhando mais terreno nos cargos de comando são algumas mudanças nas políticas de benefício das empresas. Já se nota, por exemplo, um aumento no número das que oferecem salão de beleza. O diagnóstico é do diretor de produtos da consultoria Roland Berger, Fausto Alvarez.
"O mercado está se adaptando", afirma. Em São Paulo, as mulheres já ocupam 56% das posições gerenciais. Como consequência, surgiram convênios com escolas para crianças pequenas, flexibilização do horário das mães, programas de amamentação, creches e berçários dentro das empresas, para citar as principais iniciativas.
A Natura tem um dos berçários mais cultuados do mercado. Cada criança custa à empresa R$ 900 ao mês, valor que não é repassado à mãe. O local cuida de 78 crianças de até quatro anos de idade.
Cerca de 80% das colaboradoras com filhos utilizam o berçário, e só a minoria usa auxílio-creche -na maior parte, vendedoras que atuam fora da sede. As mães podem deixar o trabalho para amamentar a cada três horas.
O Senac São Paulo também é reconhecido por seu cuidado especial com as mulheres. Entre seus benefícios, a instituição oferece um pacote de casamento com licença de sete dias, aluguel de carro e presente em dinheiro (R$ 1.100). "Senti que sou valorizada", diz Flavia Santana, 29, diretora de pós-graduação, que, com o dinheiro, comprou uma cama.
Na Avon, o berçário já contabiliza mais de 20 anos. A companhia criou ainda um curso para gestantes com profissionais de várias áreas prontos para tirar dúvidas das futuras mães. E, se alguma funcionária tem reunião e se esqueceu de fazer as unhas, o problema é resolvido no quiosque da manicure, dentro da empresa.
Com uma rede de lojas em várias regiões, o Magazine Luiza tem dificuldade em manter berçários. A solução foi criar o "cheque-mãe", descrito pela diretora de RH, Telma Geron, como uma das iniciativas que mais fazem sucesso. O valor é atrelado à produtividade, com teto de R$ 160.
Uma das idéias mais criativas é a da Shering-Ploug, que não tem berçário, mas instituiu, além do vale-creche, um lactário onde a mãe pode tirar seu leite com bombinha e guardá-lo em geladeira. No fim do dia, ela recebe uma bolsa térmica para transportar o leite, que será consumido enquanto a mãe trabalha no dia seguinte. (RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO)


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