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ELOS FRÁGEIS
Cooperado tem de reunir habilidades gerenciais
Conhecer funcionamento, sede e dirigentes é requisito para ingresso
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A união de esforços em uma
cooperativa exige do trabalhador uma combinação de habilidades de empregado e empregador. De um lado, é preciso reunir características como
trabalho em equipe. De outro,
uma dose de empreendedorismo e de técnicas de negociação.
"A cooperativa surgiu como
uma alternativa ao trabalho autônomo e à terceirização por
meio de agências especializadas", conta a tradutora Regina
Thompson, 42, sobre a Unitrad
(União dos Tradutores), da
qual faz parte há cinco anos.
A união dos 40 profissionais,
explica ela, trouxe uma série de
benefícios. "Conseguimos trabalhos com regularidade, fechar contratos com empresas
que geram grandes volumes de
serviço e ter um acréscimo de
20% na nossa renda mensal",
afirma ela, que atualmente é
presidente da entidade.
O trabalho em equipe, explica Thompson, também rende
ao grupo aperfeiçoamento profissional. O produto final é submetido à revisão dos colegas,
que indicam aprimoramentos.
O esforço, porém, não fica
restrito à tradução de documentos. Para fazer com que o
fluxo de tarefas tenha continuidade, os cooperados tiveram de
desenvolver outras habilidades. São eles os responsáveis
pela captação de clientela.
"Vamos a feiras e eventos de
negócios, onde conhecemos
prováveis clientes", resume.
Participação
Conhecer a rotina, contudo,
não é suficiente para tomar a
decisão de tornar-se um cooperado. Especialistas recomendam que os trabalhadores busquem informações sobre funcionamento, dirigentes, localização da sede e periodicidade
das reuniões em que são decididos os rumos do negócio.
Por lei, a entidade deve realizar ao menos uma assembléia
ordinária anual. Não é raro, no
entanto, que os eventos tenham freqüência maior.
"A cooperativa é uma sociedade. O cooperado tem de se
comportar como sócio, ter participação ativa, formular críticas e dar sugestões sobre seu
funcionamento. Todos devem
buscar juntos o crescimento da
organização", afirma o advogado Marcelo Murad, especialista
em Direito do Trabalho e autor
de um livro sobre o tema.
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