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Greve expõe falhas de negociação
Falta de diálogo entre trabalhador e empresa pode levar a paralisações
BRUNA BORGES
DE SÃO PAULO
A greve nacional dos bancários que teve início no último dia 29 é uma das maiores
da história da categoria.
Até o fechamento desta
edição, 8.280 agências estavam paralisadas. No dia de
maior adesão da greve de
2009, eram 7.053, segundo a
Contraf-CUT (Confederação
Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro).
Em 2010, foram registrados 58 dissídios coletivos de
greve -processos que apresentam reivindicações trabalhistas dos sindicatos- no
Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
"Há muitas greves no país
porque não existe abertura
para a discussão por melhores condições", diz Débora
Barem, professora de administração da UnB (Universidade de Brasília).
Para especialistas entrevistados pela Folha, falta
diálogo entre patrões e empregados. O profissional pode não saber como atingir o
objetivo e a empresa não está
aberta a ouvir a demanda.
O bancário S.C., 47, que
pediu para não ser identificado, afirma ter decidido se
juntar à greve desde o primeiro dia de paralisação,
mas só aderiu no nono.
"Ninguém adere sozinho
por medo de se indispor com
o chefe. A greve ajuda a ampliar a discussão", avalia.
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