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Estágios e trainees
Ainda são poucos os programas que enviam trainees ao exterior
Só 4 das 30 firmas ouvidas pela Folha dão treinamento fora do país
TOMÁS CHIAVERINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As multinacionais tornam-se
cada vez mais poderosas,
os mercados se internacionalizam e as fronteiras do mundo
vêm perdendo o significado para as grandes empresas.
Apesar disso, são poucas as
companhias brasileiras que enviam trainees para o exterior
-de 30 multinacionais ouvidas
pela Folha, só 4 afirmaram ter
programas internacionais.
Esse quadro, no entanto,
tende a mudar nos próximos
anos, devido à demanda crescente por profissionais com conhecimentos diversificados.
Para a presidente da Brasil
RH, Leyla Nascimento, 52, já é
perceptível a preocupação, sobretudo de multinacionais, de
investir em treinamentos com
etapas em outros países.
Segundo ela, "a vivência no
exterior permite que o profissional tenha experiências em
mercados diversos e assuma
uma conduta mais aberta".
Para a executiva Verônica
Janiszewski, 32, que vivenciou
essa oportunidade quando era
trainee, o treinamento no exterior foi o pontapé para uma série de revoluções na carreira.
Selecionada para o programa
de jovens talentos da montadora DaimlerChrysler, ela foi enviada para a Alemanha com o
objetivo de passar seis meses
em Stuttgart para estudar projetos bem-sucedidos que pudessem ser aplicados no Brasil.
No fim, as propostas foram
invertidas: permaneceu no país
europeu por um ano, mudou de
área e ajudou os alemães a aplicarem a experiência de sucesso
dos carros populares brasileiros no mercado indiano.
Quando retornou ao Brasil,
mudou novamente de departamento, foi promovida a assessora do vice-presidente brasileiro e atualmente trabalha no
setor de recursos humanos.
"Precisaria de cinco anos
aqui no Brasil para o que consegui conquistar em um ano no
exterior", conclui Janiszewski.
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