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Em 11 anos, há mais profissionais com
nível superior e sem vaga no mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
O índice de desemprego entre profissionais com ensino
superior foi maior em 2009 do
que em 1998, ano em que a PED
começou a ser elaborada.
No Distrito Federal, foi de
3,7%, em 1998, e de 6,4%, no
ano passado. Em Porto Alegre,
cresceu de 3,9% para 4,3%.
De lá para cá, houve uma explosão de cursos de graduação
estimulada pelo aumento de faculdades privadas focadas na
população de baixa renda e por
bolsas de estudo oferecidas pelo governo federal.
Apesar do desemprego
maior, houve um crescimento
da participação dos diplomados no mercado, em todas as regiões (veja no quadro acima).
"Os ganhos em inovação tecnológica não foram suficientes
[para absorver a mão de obra
mais qualificada]", conclui
Márcio Pochmann, do Ipea.
"Talvez a demanda maior seja de natureza técnica e tecnológica, especialmente se o país
continuar com o nível de crescimento [anterior ao da crise]",
afirma Sérgio Mendonça, supervisor nacional da PED.
Ele aponta que, até meados
dos anos 2000, a escolaridade
da população aumentava mais
do que a absorção do mercado
de trabalho. Após esse período,
o quadro começou a se inverter,
exceto em Recife, onde há queda desde 2005, e no Distrito Federal -que tinha tendência de
alta e registrou queda em 2009.
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