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Trabalho em baixa
Empresas ampliam
exigências para
recrutar profissional
Maior oferta de mão de obra qualificada demanda
diferenciais como idade, intercâmbio e experiência
Rodrigo Capote/Folha Imagem
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O engenheiro Ivan Pinto Dias Junior, que foi demitido de multinacional em 2009
DA REPORTAGEM LOCAL
A melhor opção para conseguir renda e emprego ainda é
ter o ensino superior completo.
O desemprego no nível é menor
do que o de outras escolaridades, e a participação dos ocupados cresce em todas as regiões
metropolitanas.
Na área de Recife, 11% dos
ocupados contam com essa formação. Na região de Brasília, a
participação é o dobro, 22%.
"O salário é, em média, três
vezes maior [em comparação
ao do ensino médio]", aponta
Naercio Menezes, coordenador
do Centro de Políticas Públicas
do Insper.
Mas não é o canudo embaixo
do braço que dá acesso ao mercado, explicam especialistas.
"O diploma é uma qualificação de papel, virtual. O mercado de trabalho é altamente
seletivo", considera Ana Heloísa da Costa Lemos, especialista
em relações entre trabalho e
escolaridade no Instituto de
Administração e Gestão da
PUC-Rio.
"Existem outras características que definem a contratação
-diferenciais como idade, intercâmbio e experiências em
outras empresas. Cada companhia pode considerar uma dessas características [como mais
desejável] em relação às outras", afirma Juan Carlos Dans
Sanchez, da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho
do Estado de São Paulo.
Busca
Ivan Pinto Dias Junior, 45,
perdeu o emprego em uma
multinacional em outubro de
2009 após cerca de um ano na
empresa. Engenheiro eletrônico com especialização em administração de empresas, ele
usa "todas as formas possíveis"
para encontrar um novo posto:
fala com conhecidos e inscreve-se em sites de currículos.
Insatisfeita com as vagas disponíveis no mercado, Nicole
Lagonegro, 29, quer obter uma
certificação internacional.
Ela, que é professora de inglês com especialização em psicopedagogia, questiona a qualidade do modelo de contratação
das escolas de idioma. "Querem
nos registrar como instrutores
[e não como professores]."
Atualmente em um trabalho
temporário, Flaviane Sousa
Nascimento, 23, busca um emprego fixo na área em que atua,
comunicação e eventos. "Tenho feito muito mais entrevistas que no ano passado."
(AL)
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