São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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NOVOS FOCOS

Geração multimídia impulsiona criação de especialidades

Mercado financeiro é outra fonte de novas funções

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A pulverização de profissões pouco tradicionais, segundo consultores de carreira ouvidos pela Folha, vem na esteira da mudança de atitude dos jovens.
Cada vez mais livres para enveredar por novos caminhos e fortemente influenciados pelas tecnologias, lançam-se em nichos voltados às necessidades modernas de consumo.
"As profissões tradicionais ofereciam mais certezas de carreira, e os pais investiam em educação esperando segurança financeira para os filhos. Nem sempre se levavam em conta o talento e o desejo de exercer a atividade", observa o diretor de "brand content" da TV1 Vídeo, Giba Colzani, que trabalha com gestão de marca e conteúdo.
Hoje, completa Colzani, "cada profissional deve abrir seus próprios caminhos e descobrir as oportunidades em um mundo que não pára de evoluir".
Ciente disso, Ruy Monteiro, 25, escolheu a geografia como área de formação e, dentro dela, a atuação no terceiro setor.
Capoeirista e ex-educador infantil, o universitário já foi voluntário, trabalhou com pesquisa de campo em ações para jovens e agora é estagiário do Cieds (Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável).
"Quero me especializar em energia renovável, porém sem ter de seguir uma só carreira. Serei geógrafo, mas minha opção de trabalhar no terceiro setor transcende as características físicas do ambiente para entender a relação que existe entre a natureza e a sociedade."

Carreira internacional
Para dar vazão às habilidades e alinhá-las aos trabalhos menos tradicionais, há quem bus-que oportunidades no exterior. Foi o caso de Cláudio Toyama, que estudou interatividade e multimídia no Reino Unido.
Hoje ele é sócio de uma empresa em Londres especializada em um nicho de marketing "muito forte na Europa, mas pouco difundido no Brasil": o gerenciamento de reputação.
Entre suas atribuições está a tarefa de avaliar a imagem que o cliente tem da empresa e pesquisar tendências para investimento em novos negócios.
Em sintonia com essas mudanças, as demandas do mercado financeiro reforçam oportunidades que até então eram desvalorizadas. Renata Wright, gerente de RH da consultoria Michael Page, lembra que as empresas também vivem transformações que exigem novas especialidades.
"Precisam de profissionais que entendam a estrutura de pagamento de salários, bônus e outras modalidades do que chamamos de "compensation"."
Outra nomenclatura da moda resume-se a duas letras: RI. Trata-se de executivos responsáveis pelas relações com investidores e fundamentais na abertura de capital na Bolsa.
"Há quem os confunda com comunicação corporativa, mas o foco em RI são investidores, o mercado financeiro", explica o consultor Hugo Caccuri. (TA)


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