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NOVOS FOCOS
Geração multimídia impulsiona criação de especialidades
Mercado financeiro é outra fonte de novas funções
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A pulverização de profissões
pouco tradicionais, segundo
consultores de carreira ouvidos
pela Folha, vem na esteira da
mudança de atitude dos jovens.
Cada vez mais livres para enveredar por novos caminhos e
fortemente influenciados pelas
tecnologias, lançam-se em nichos voltados às necessidades
modernas de consumo.
"As profissões tradicionais
ofereciam mais certezas de carreira, e os pais investiam em
educação esperando segurança
financeira para os filhos. Nem
sempre se levavam em conta o
talento e o desejo de exercer a
atividade", observa o diretor de
"brand content" da TV1 Vídeo,
Giba Colzani, que trabalha com
gestão de marca e conteúdo.
Hoje, completa Colzani, "cada profissional deve abrir seus
próprios caminhos e descobrir
as oportunidades em um mundo que não pára de evoluir".
Ciente disso, Ruy Monteiro,
25, escolheu a geografia como
área de formação e, dentro dela, a atuação no terceiro setor.
Capoeirista e ex-educador
infantil, o universitário já foi
voluntário, trabalhou com pesquisa de campo em ações para
jovens e agora é estagiário do
Cieds (Centro Integrado de
Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável).
"Quero me especializar em
energia renovável, porém sem
ter de seguir uma só carreira.
Serei geógrafo, mas minha opção de trabalhar no terceiro setor transcende as características físicas do ambiente para
entender a relação que existe
entre a natureza e a sociedade."
Carreira internacional
Para dar vazão às habilidades
e alinhá-las aos trabalhos menos tradicionais, há quem bus-que oportunidades no exterior.
Foi o caso de Cláudio Toyama,
que estudou interatividade e
multimídia no Reino Unido.
Hoje ele é sócio de uma empresa em Londres especializada em um nicho de marketing
"muito forte na Europa, mas
pouco difundido no Brasil": o
gerenciamento de reputação.
Entre suas atribuições está a
tarefa de avaliar a imagem que
o cliente tem da empresa e pesquisar tendências para investimento em novos negócios.
Em sintonia com essas mudanças, as demandas do mercado financeiro reforçam oportunidades que até então eram desvalorizadas. Renata Wright,
gerente de RH da consultoria
Michael Page, lembra que as
empresas também vivem
transformações que exigem
novas especialidades.
"Precisam de profissionais
que entendam a estrutura de
pagamento de salários, bônus e
outras modalidades do que
chamamos de "compensation"."
Outra nomenclatura da moda resume-se a duas letras: RI.
Trata-se de executivos responsáveis pelas relações com investidores e fundamentais na
abertura de capital na Bolsa.
"Há quem os confunda com
comunicação corporativa, mas
o foco em RI são investidores, o
mercado financeiro", explica o
consultor Hugo Caccuri.
(TA)
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