São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

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ENTREVISTA CLARISSA LINS

As práticas sustentáveis reduzem o "turnover"

Executivos de empresas gigantes falam de sustentabilidade em livro

JORDANA VIOTTO
DE SÃO PAULO

Aliar sustentabilidade à estratégia do negócio é o melhor caminho para introjetar o tema nas empresas.
Essa é a conclusão da economista Clarissa Lins, que lançou na última segunda-feira (7/6), com o engenheiro David Zylbersztajn, o livro "Sustentabilidade e Geração de Valor -A Transição para o Século 21" (editora Campus-Elsevier, R$ 55, 240 págs.).
A obra traz artigos inéditos de executivos e especialistas que abordam a sustentabilidade sob aspectos diversos.

 

Folha - Como se deu a escolha dos autores dos artigos do livro?
Clarissa Lins - As duas grandes referências no Brasil são o Banco Real [hoje Santander Brasil] e a Natura. Quisemos trazer novos atores para a discussão. Buscamos executivos com quem temos bom relacionamento para pedir a dedicação de seu tempo a isso. Finalmente, buscamos segmentos que têm impacto direto na agenda, como energia e saneamento.
Chegamos a nomes como Roger Agnelli, presidente da Vale, que fez o prefácio, Jerson Kelman, presidente da Light, Gesner Oliveira, presidente da Sabesp, e Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose, que escreveu a quarta capa.

Qual seria a prática de sustentabilidade modelo no Brasil?
Conceitualmente, é aquela que está de acordo com a estratégia do negócio.
Por exemplo, uma indústria que decide consumir menos água ganhando eficiência operacional ou que cria um produto com o viés sustentável, abrindo um novo nicho de atuação.

Que vantagens as empresas que implementam estas práticas percebem?
Elas melhoram o clima organizacional e reduzem o "turnover" [rotatividade].

Quais são as dificuldades de aplicar práticas sustentáveis aos negócios?
A resistência cultural e a falta de métricas adequadas para guiar as ações e avaliar se elas tiveram sucesso.

Qual é sua avaliação a respeito da economia dos créditos de carbono?
É importante ampliar as possibilidades para lidar com esses temas. Mas o objetivo não é se apoiar só nisso. É preciso ter também metas de eficiência e de redução de impacto no ambiente.


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