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OPORTUNIDADE
Profissionais que atuam em casa lucram com aumento da demanda e novas facilidades da informática
Internet impulsiona "teletrabalho"
LIGIA BRASLAUSKAS
da Reportagem Local
Os avanços trazidos pela Internet e por novos recursos de informática estão ampliando as oportunidades para quem quer trabalhar sem sair de casa.
Um computador, um "scanner" e uma impressora podem
gerar bons rendimentos, aliados
a muita disciplina e disposição.
São várias as formas de atuação: digitação de trabalhos escolares, pesquisa na Internet por
encomenda, organização de mala direta para empresas, cartões
de visita, convites para festas, traduções, criação de sites, gravação
de CD-ROM, entre outras.
Esses serviços estão sendo cada
vez mais solicitados a autônomos e a assalariados de
empresas que permitem atuar em casa.
Crescimento
E a Internet deverá continuar a
ser uma das maiores responsáveis pela geração de novos postos
de trabalho nessa área.
Segundo Rodolfo Gobbi, 34, gerente de negócios da Cyclades
Brasil, multinacional da área de
informática, pesquisas do setor
prevêem que a Internet vai gerar
cerca de 75 mil novos postos de
trabalho no Brasil até 2001.
Segundo Edson Dacal, 46, diretor da Basics Web Systems, empresa do setor de informática,
80% dos serviços da empresa referem-se a traduções feitas por
profissionais terceirizados que
atuam em casa.
Marcelo
Smith, 27,
proprietário
de uma empresa de comunicação e informática, diz que, de
um ano para cá, a oferta de trabalho para prestadores de serviço
que exercem a função em
casa "cresceu violentamente".
"Eu tenho apenas 8 funcionários que ficam dentro da empresa
e cerca de 50 que trabalham em
suas próprias casas."
Para ele, o "teletrabalho" é uma
tendência do mercado, e as empresas terão de se adaptar.
"Tenho um prestador de serviço que mora nos Estados Unidos.
Tudo entre nós é feito por meio
de mensagens eletrônicas, inclusive o pagamento", diz.
Fernando Belini Martins, 35,
proprietário da Estratégia
Consultoria em Informática, também registrou aumento do número de colaboradores que atuam por meio do "teletrabalho" em sua empresa.
"Nos últimos dois anos, a quantidade de profissionais que trabalham em suas próprias casas subiu cerca de 45%", estima.
Nova chance
A pedagoga Maria Cristina de
Santi Calabria, 39, que atua há
nove anos nessa área, diz que
aprendeu a transformar o "teclado em dinheiro" depois que teve
suas duas filhas.
"Eu estava desempregada. Então resolvi usar melhor o equipamento que tinha em casa", diz.
Maria Cristina fez um tipo de
autopropaganda. Escreveu, em
uma folha de caderno, que digitava trabalhos escolares, colocou
seus dados e a fixou em uma padaria do bairro.
"Não sabia nem quanto cobrar
pelo serviço, quando apareceu o
primeiro cliente", comenta.
Hoje, Maria Cristina tem um
verdadeiro arsenal de informática em casa, que inclui, por exemplo, cinco computadores (três
conectados à Internet), quatro
impressoras, dois telefones celulares e um fixo e um "scanner"
(que "lê" imagens e as
transfere para o computador).
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