São Paulo, Domingo, 13 de Junho de 1999
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TERMÔMETRO
Mercado valoriza os generalistas

LAVÍNIA FÁVERO
free-lance para a Folha

Cada vez mais, vale a recomendação: não basta acumular conhecimento em uma única área para se manter no páreo no mercado de trabalho. Um bom profissional, hoje em dia, tem de entender de tudo um pouco.
"O mercado exige que ele seja especializado em sua área, mas que também tenha uma certa visão generalista", avalia Sofia Esteves, 37, sócia-diretora da DM Recursos Humanos.
Não são raros os casos de profissionais com formação nas mais diversas áreas que acabam ocupando altos cargos na direção das empresas, o que exige, geralmente, bons conhecimentos de administração, por exemplo.
Por esse motivo, a Folha traz hoje um roteiro para quem quer expandir o seu campo de atuação e multiplicar as chances de conseguir uma promoção ou mesmo um novo emprego.

Reciclagem
Para Sofia Esteves, um profissional que quer ser competitivo no mercado tem de se mostrar em constante aprimoramento.
"Ele precisa demonstrar interesse em seu autoaperfeiçoamento. Para isso, o ideal é que, pelo menos a cada dois anos, faça algum tipo reciclagem."
Não existem fórmulas que "avisem" com certeza a hora em que é preciso se reciclar. O profissional deve, no entanto, estar sempre atento ao seu desenvolvimento para não ficar para trás.
"Sempre é hora de estar recebendo um conhecimento a mais. A pessoa precisa saber identificar quando está lhe faltando algo e procurar preencher essa falha. Não há regras, mas é preciso ter um certo "feeling'", recomenda Lizete Araújo, 40, vice-presidente do Grupo Catho.
Tão importante quanto a formação acadêmica é a informação. "O processo de atualização tem de ser constante. A pós-graduação dá uma base maior, mas não é uma garantia de que a pessoa esteja atualizada."
Por isso, complementa, "é preciso que o profissional busque outras fontes de conhecimento que não a acadêmica, como palestras, seminários e encontros".
"Se o profissional quiser ocupar um cargo estratégico, de gerente ou diretor, ele precisa ter uma visão mais abrangente da empresa", diz Laís Passarelli, 43, da Passarelli Consultores.


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