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Na mira do altruísmo
Escolha de ONG deve ser cautelosa
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se o trabalho voluntário
fará parte do calendário de
2007, o próximo passo é
escolher, com cautela, a
entidade a qual ajudará.
Para a diretora institucional do Centro de Voluntariado de São Paulo,
Anisia Sukadolnik, mesmo
funcionários que realizam
ações sociais em ONGs escolhidas por suas empresas devem estar alerta.
Segundo ela, o tema tornou-se uma vitrina para as
firmas. "Todas querem parecer socialmente responsáveis. Os funcionários devem procurar saber se o
programa de voluntários é
consistente -e não apenas
uma tentativa de a empresa sair bonita na foto."
Além de as ações das
empresas poderem ser
ineficazes, as próprias entidades ajudadas podem se
mostrar uma fraude.
Um indicativo disso é o
relatório de auditoria do
TCU (Tribunal de Contas
da União), concluído em
novembro passado, segundo o qual ONGs ineptas receberam 54,5% das verbas
federais destinadas a entidades desse tipo.
Ao tentar ajudar a associação de usuários de um
dos principais parques
paulistanos, a jornalista
E.C., 21, diz ter constatado,
nos dez meses em que foi
voluntária, que "a associação atendia aos interesses
pessoais de alguns".
A profissional diz que
não a denunciou, mas garante que "ficou esperta" e
hoje pesquisa o histórico
de entidades sociais.
Exceção
Para a presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB-SP,
Lúcia Cunha, organizações civis inidôneas são
exceção. "Há mais de
276 mil ONGs no Brasil,
das quais somente algumas dezenas foram constatadas fraudulentas."
Para o coordenador do
Portal do Voluntário, Bruno Ayres, o voluntariado já
é um indício de transparência. "Se a intenção é
obscura, por que chamar a
comunidade para participar?", questiona.
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