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CURSOS LIVRES
Tecnologia é aliada para dominar novo idioma
Escola deve ter ferramentas de interação para treinar conversação
ANA LUIZA DALTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cursos livres a distância, como os de idiomas e os preparatórios para concursos (leia texto ao lado), são campeões de
matrículas -em 2008, somaram 1 milhão de estudantes.
"O número de alunos cresce
cerca de 40% ao ano", afirma
Pérsio De Lucca, gerente-geral
da escola Englishtown, que tem
50 mil alunos fora das salas.
Para ele, a vantagem da modalidade é permitir que o estudante atinja objetivos mais rapidamente do que em aulas em
grupo, já que imprime ao curso
seu ritmo de aprendizado.
Por outro lado, como a interação pessoal é limitada, a escola deve oferecer ferramentas
eficazes para desenvolver habilidades como conversação,
aperfeiçoamento da pronúncia
e produção de textos.
Skype, MSN, chats e videoconferências são alguns dos
instrumentos usados para tornar a interação entre professor
e aluno mais próxima do que
aquela que teriam em uma aula
convencional. Apoio presencial
também pode ser necessário
para quem é iniciante ou tem
dificuldade em aprender.
"A interação com o outro é
vital", diz Rosinda Ramos, professora da PUC-SP (Pontifícia
Universidade Católica de São
Paulo) e especialista em ensino
a distância. "A mesma dificuldade que o iniciante tem na aula presencial, terá na on-line."
A escola Alumni, porém, só
oferece cursos a distância a
quem tem ao menos nível intermediário de fluência. Como
as ferramentas utilizadas estão
em inglês, o aprendizado é difícil para quem não tem intimidade com o idioma.
Para progredir, é preciso ter
disciplina. "São poucos os alunos assim", comenta Steven
Beggs, presidente da rede Seven, que ressalta o alto índice
de desistência na modalidade.
Qualidade
Como cursos livres não são
regulamentados pelo MEC, a
dica para escolher um de qualidade é pesquisar a tradição da
instituição de ensino e a oferta
de ferramentas tecnológicas
para melhorar o treino de conversação e pronúncia.
Quanto ao peso do idioma no
currículo, recrutadores comentam que não costumam exigir
certificados de proficiência em
línguas estrangeiras nem fazem diferença entre o curso a
distância e o presencial.
"O que o mercado vai avaliar
é se a pessoa sabe se comunicar,
falar, ler e escrever", afirma
a consultora Taís Amaral, da
Cia de Talentos.
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