São Paulo, domingo, 14 de março de 2010

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CURSOS LIVRES

Tecnologia é aliada para dominar novo idioma

Escola deve ter ferramentas de interação para treinar conversação

ANA LUIZA DALTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cursos livres a distância, como os de idiomas e os preparatórios para concursos (leia texto ao lado), são campeões de matrículas -em 2008, somaram 1 milhão de estudantes.
"O número de alunos cresce cerca de 40% ao ano", afirma Pérsio De Lucca, gerente-geral da escola Englishtown, que tem 50 mil alunos fora das salas.
Para ele, a vantagem da modalidade é permitir que o estudante atinja objetivos mais rapidamente do que em aulas em grupo, já que imprime ao curso seu ritmo de aprendizado.
Por outro lado, como a interação pessoal é limitada, a escola deve oferecer ferramentas eficazes para desenvolver habilidades como conversação, aperfeiçoamento da pronúncia e produção de textos.
Skype, MSN, chats e videoconferências são alguns dos instrumentos usados para tornar a interação entre professor e aluno mais próxima do que aquela que teriam em uma aula convencional. Apoio presencial também pode ser necessário para quem é iniciante ou tem dificuldade em aprender.
"A interação com o outro é vital", diz Rosinda Ramos, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e especialista em ensino a distância. "A mesma dificuldade que o iniciante tem na aula presencial, terá na on-line."
A escola Alumni, porém, só oferece cursos a distância a quem tem ao menos nível intermediário de fluência. Como as ferramentas utilizadas estão em inglês, o aprendizado é difícil para quem não tem intimidade com o idioma.
Para progredir, é preciso ter disciplina. "São poucos os alunos assim", comenta Steven Beggs, presidente da rede Seven, que ressalta o alto índice de desistência na modalidade.

Qualidade
Como cursos livres não são regulamentados pelo MEC, a dica para escolher um de qualidade é pesquisar a tradição da instituição de ensino e a oferta de ferramentas tecnológicas para melhorar o treino de conversação e pronúncia.
Quanto ao peso do idioma no currículo, recrutadores comentam que não costumam exigir certificados de proficiência em línguas estrangeiras nem fazem diferença entre o curso a distância e o presencial.
"O que o mercado vai avaliar é se a pessoa sabe se comunicar, falar, ler e escrever", afirma a consultora Taís Amaral, da Cia de Talentos.


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