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...SER ESCOLHIDO
Para entrar no mercado, mostre o que sabe fazer melhor que os outros
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"As pessoas têm de entender
que acabou esse negócio de vocação. É preciso considerar o talento, o que se faz melhor do que os
outros", radicaliza Waldez Luiz
Ludwig, instrutor e consultor em
gestão empresarial que oferece algumas dicas estratégicas para se
dar bem no mercado. Isso quer
dizer que, se a pessoa tem facilidade para falar em público, ela pode
seguir várias carreiras, e não apenas direito. A gama de possibilidades fica muito maior.
No que se refere ao mercado, é
preciso levá-lo em consideração,
mas com a consciência de que, em
uma área, podem haver muitos
profissionais, mas nem todos são
bons. "Fazer curso de comunicação virou moda. Há muitos profissionais no mercado, mas quantos são craques? Certamente poucos", analisa Ludwig.
Cada vez que as profissões ampliam o seu campo de atuação e ficam mais complexas, surge uma
tendência interessante. "Passa a
haver espaço para o ultra-especialista e o ultrageneralista. Na medicina, há hoje espaço para o médico de família, mas também para
aqueles que operam só os dedos,
por exemplo."
Outro fator importante é que a
economia está se transformando
na economia do conhecimento,
da informação. "O homem mais
rico do mundo não é o dono do
petróleo do mundo. Enquanto o
Brasil comemora a descoberta de
gás, é a Finlândia, onde há só gelo,
que tem qualidade de vida."
Por fim, outra dica importante:
parar de investir em fraquezas e
investir na fortaleza. "Naquilo
que você é muito ruim, você não
investe. As pessoas têm a mania
de pensar: eu sou ruim nisso, vou
fazer um curso."
Não é para esquecer as coisas
nas quais não se é bom, mas gerenciar. "É só imitar as mulheres
com o corpo: as que têm uma
anatomia perfeita, estão de calça
justa. As que acham que têm o
pé feio, usam botinha em vez de
sandália."
Para ser escolhido, ter uma formação sólida é algo interessante.
"Não escolha só pela faculdade,
mas pelo currículo do curso",
orienta Neli Barboza Silva, 38,
coordenadora de consultoria da
Maneger Assessoria em Recursos
Humanos.
Outro fator importante é o do
diferencial. "O que eu tenho que
criar a mais para que me torne
mais atraente para o mercado? A
questão da língua, por exemplo,
todos têm de falar inglês fluente,
mas não são todos que falam", explica Silva.
O mercado avalia o perfil pessoal e as competências, e apresentar no começo da carreira um certo potencial a ser desenvolvido
pode mudar muita coisa.
Iniciativa e empreendimento
também são fundamentais. Antes, conseguia-se um emprego em
uma boa empresa e podia-se ali ficar durante toda a carreira. Hoje,
a permanência por muitos anos
numa mesma empresa pode ser
sinônimo de acomodação e deve
ser justificada. "As empresas perceberam que mudar o quadro de
funcionários traz novas idéias e
dá uma energia ao grupo."
A interdisciplinaridade entre as
carreiras também é uma realidade, o que torna necessário saber
trabalhar em grupo e ter um bom
relacionamento pessoal. O novo
profissional também deve ter disposição para acumular funções.
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