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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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COMPUTAÇÃO

Objetivo é fazer a máquina e os programas, e não apenas usá-los

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Gostar de ficar horas na frente do computador, navegando ou se divertindo com joguinhos, não basta. O objetivo de quem cursa ciência da computação não deve ser "aprender a usar melhor o computador e seus programas", e sim aprender a desenvolver os computadores e os programas.
Em vez de aprender a trabalhar em um editor de texto -como o Word-, você aprenderá a construir o seu word. Poderá também criar bancos de dados, páginas sofisticadas para a web, sistemas de busca na internet e redes de comunicação, além de desenvolver sistemas para segurança digital, e-business e transações comerciais on-line. Então, escolher ciência da computação só por gostar de computadores pode ser furada.
Física, matemática, algoritmos e os cálculos são as principais ferramentas de trabalho. "A princípio, esses profissionais lidavam mais com cálculos, numa época em que se falava muito em corrida espacial e as instituições recebiam os primeiros computadores de grande porte. Depois veio o processo de informatização das empresas, ampliando mais ainda as possibilidades de trabalho", afirma Carlos Eduardo Ferreira, 38, chefe do Departamento de Ciência da Computação da USP.
Uma área interessante no Brasil ainda é a de bancos, gerenciando e desenvolvendo programas para transações. Mas foi a descoberta de uma nova forma de chegar ao consumidor -utilizando a internet- que ampliou ainda mais esse campo de atuação.
Elevou-se o número de clientes de tal modo que todos fossem VIPs: "O que houve foi uma massificação personalizada, já que cada cliente pode ter o seu "próprio" banco na internet", diz Carlos Roberto Valêncio, 41, chefe do Departamento de Ciência de Computação e Estatística da Unesp de São José do Rio Preto (SP).
Facilidade para o trabalho em equipe e boa fluência verbal são pré-requisitos para todas as áreas, mas os professores admitem que os alunos do curso têm um perfil tímido e introvertido. Para estimular a capacidade de comunicação dos alunos, o curso da USP tem oferecido aulas de leitura dramática, em que uma atriz ensina técnicas como entonação da voz.
Para Vilmar Pedro Votre, 54, diretor da Faculdade de Computação e Informática do Mackenzie, é preciso ter persistência e paciência com erros. "Um trabalho pode durar semanas e até meses. Alto grau de concentração e muito raciocínio lógico são essenciais."


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