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COMPUTAÇÃO
Objetivo é fazer a máquina e os programas, e não apenas usá-los
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Gostar de ficar horas na frente
do computador, navegando ou se
divertindo com joguinhos, não
basta. O objetivo de quem cursa
ciência da computação não deve
ser "aprender a usar melhor o
computador e seus programas", e
sim aprender a desenvolver os
computadores e os programas.
Em vez de aprender a trabalhar
em um editor de texto -como o
Word-, você aprenderá a construir o seu word. Poderá também
criar bancos de dados, páginas sofisticadas para a web, sistemas de
busca na internet e redes de comunicação, além de desenvolver
sistemas para segurança digital, e-business e transações comerciais
on-line. Então, escolher ciência da
computação só por gostar de
computadores pode ser furada.
Física, matemática, algoritmos e
os cálculos são as principais ferramentas de trabalho. "A princípio,
esses profissionais lidavam mais
com cálculos, numa época em
que se falava muito em corrida espacial e as instituições recebiam
os primeiros computadores de
grande porte. Depois veio o processo de informatização das empresas, ampliando mais ainda as
possibilidades de trabalho", afirma Carlos Eduardo Ferreira, 38,
chefe do Departamento de Ciência da Computação da USP.
Uma área interessante no Brasil
ainda é a de bancos, gerenciando
e desenvolvendo programas para
transações. Mas foi a descoberta
de uma nova forma de chegar ao
consumidor -utilizando a internet- que ampliou ainda mais esse campo de atuação.
Elevou-se o número de clientes
de tal modo que todos fossem
VIPs: "O que houve foi uma massificação personalizada, já que cada cliente pode ter o seu "próprio"
banco na internet", diz Carlos Roberto Valêncio, 41, chefe do Departamento de Ciência de Computação e Estatística da Unesp de
São José do Rio Preto (SP).
Facilidade para o trabalho em
equipe e boa fluência verbal são
pré-requisitos para todas as áreas,
mas os professores admitem que
os alunos do curso têm um perfil
tímido e introvertido. Para estimular a capacidade de comunicação dos alunos, o curso da USP
tem oferecido aulas de leitura dramática, em que uma atriz ensina
técnicas como entonação da voz.
Para Vilmar Pedro Votre, 54, diretor da Faculdade de Computação e Informática do Mackenzie, é
preciso ter persistência e paciência com erros. "Um trabalho pode
durar semanas e até meses. Alto
grau de concentração e muito raciocínio lógico são essenciais."
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