São Paulo, domingo, 14 de outubro de 2007

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PROJEÇÃO NO EXTERIOR

Escolha do projeto é estratégica para conquistar subsídios

Bom histórico acadêmico facilita obtenção de bolsa

DIOGO BERCITO
MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Estudar no exterior é um plano que só está distante quando se trata dos milhares de quilômetros que separam o Brasil das universidades estrangeiras.
Para viabilizar os estudos lá fora, estudantes e pesquisadores podem se candidatar a bolsas oferecidas por governos e por instituições privadas.
O número de bolsas de estudo no exterior oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), por exemplo, aumentou de 2.531 beneficiados, em 2001, para 4.019, em 2006 -um acréscimo de 59%.
Aproveitando essas oportunidades, Carlos Valério Gomes, 38, já obteve seis bolsas de estudo no decorrer de sua carreira. Para ele, trata-se de uma pos-sibilidade de ascensão social.
Gomes foi o único dos 12 irmãos a chegar à faculdade -cursou geografia na Universidade Federal do Acre, Estado em que nasceu. Não falava inglês quando se inscreveu para o extinto Programa de Incentivo a Estudos na Bacia Amazônica da Fundação Fulbright, um dos poucos a não exigir domínio da língua inglesa para a seleção.
Foi escolhido. Financiado pela instituição, aprendeu inglês no Texas e fez mestrado na Universidade da Flórida -local em que também concluiu o doutorado, dessa vez com fomento do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Mais tarde, o WWF (Fundo Mundial para a Natureza) custeou suas pesquisas de campo.
Outras bolsas completam o currículo de Gomes, como a do Centro de Pesquisas Ambientais e Conservação da Universidade Columbia (EUA), a da Fundação Internacional de Ciência (Suécia) e a da Lindberg Foundation (EUA).
"Às vezes me acho com bastante sorte, porque nunca tive um pedido de bolsa rejeitado", diz Gomes. Para ele, o segredo é ter bom desempenho acadêmico e criar projetos bem redigidos e de grande impacto para o desenvolvimento sustentável.
"Interessados em estudar áreas estratégicas ou sem grandes especialistas no país são candidatos mais fortes -principalmente se quiserem cursar um pós-doutorado", acrescenta Alberto Vilani, assessor do CNPq para a área de educação.


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