S?o Paulo, domingo, 14 de novembro de 2010

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Aumento fora da média traz riscos

Profissional pode ser tachado de "mercenário" ao estimular proposta

DE SÃO PAULO

Obter um salário maior devido ao convite de outra empresa parece ser um bom negócio para o profissional. Esse incremento, contudo, embute alguns riscos.
A contraproposta pode ser vista como um jogo para obter aumento, especialmente quando fica claro que o interesse não era o de sair nem o de abraçar novos projetos ou desafios na companhia.
Apesar de ser um movimento legítimo, segundo especialistas, "fica a visão do mercenário", considera a especialista em RH Monica Roberta Silva, da Academia Brasileira de Educação, Cultura e Empregabilidade. Para ela, a cultura empresarial é marcada por exigir fidelidade do trabalhador.
Outro ponto a ser ponderado antes de aceitar a proposta ou a contraproposta é o de sair do padrão salarial de mercado, diz o diretor de educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Luiz Edmundo Rosa.
O trabalhador, argumenta, transfere o risco para si. "Algumas companhias nem mesmo chamam para entrevista profissionais que tenham salários superiores aos que podem oferecer", afirma.

REAJUSTE
Mas a oferta pode ser uma oportunidade quando a remuneração está defasada -algumas empresas não fizeram reajustes após a crise.
Ou quando a formação e os resultados, na avaliação do profissional, são superiores aos dos colegas. Foram esses os motivos que levaram a consultora Suzane Santos, 25, a negociar com a empresa de consultoria na qual atua.
Aprovada nos concursos de Furnas e da Casa da Moeda, recebeu contraproposta.
Santos não fala em valores, mas diz ter subido "dois degraus" na carreira. Não só salarial, afirma, que está há um ano na empresa, mas na qualidade do trabalho. "A gente começa quebrando pedras, mas agora estou numa área mais estratégica." (RB)


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