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Aumento fora da média traz riscos
Profissional pode ser tachado de "mercenário" ao estimular proposta
DE SÃO PAULO
Obter um salário maior devido ao convite de outra empresa parece ser um bom negócio para o profissional. Esse incremento, contudo, embute alguns riscos.
A contraproposta pode ser
vista como um jogo para obter aumento, especialmente
quando fica claro que o interesse não era o de sair nem
o de abraçar novos projetos
ou desafios na companhia.
Apesar de ser um movimento legítimo, segundo especialistas, "fica a visão do
mercenário", considera a especialista em RH Monica Roberta Silva, da Academia
Brasileira de Educação, Cultura e Empregabilidade. Para
ela, a cultura empresarial é
marcada por exigir fidelidade do trabalhador.
Outro ponto a ser ponderado antes de aceitar a proposta ou a contraproposta é o de
sair do padrão salarial de
mercado, diz o diretor de
educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Luiz Edmundo Rosa.
O trabalhador, argumenta, transfere o risco para si.
"Algumas companhias nem
mesmo chamam para entrevista profissionais que tenham salários superiores aos
que podem oferecer", afirma.
REAJUSTE
Mas a oferta pode ser uma
oportunidade quando a remuneração está defasada
-algumas empresas não fizeram reajustes após a crise.
Ou quando a formação e
os resultados, na avaliação
do profissional, são superiores aos dos colegas. Foram
esses os motivos que levaram
a consultora Suzane Santos,
25, a negociar com a empresa
de consultoria na qual atua.
Aprovada nos concursos
de Furnas e da Casa da Moeda, recebeu contraproposta.
Santos não fala em valores, mas diz ter subido "dois
degraus" na carreira. Não só
salarial, afirma, que está há
um ano na empresa, mas na
qualidade do trabalho. "A
gente começa quebrando pedras, mas agora estou numa
área mais estratégica."
(RB)
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