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MAPA DE CARREIRA
Em São Paulo, órgãos definem parâmetros para ascensão
Especialista em política pública fará prova para avançar por 6 níveis
LUCIANE CRIPPA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Estabilidade não é sinônimo
de carreira em linha reta para
funcionários públicos que trabalham em órgãos em que a
progressão é bem definida.
Em um cargo novo em São
Paulo, o de especialista em políticas públicas, ela se dá em seis
classes, com dois níveis de remuneração para cada uma.
Os critérios para promoção
serão publicados em decreto.
Para evoluir, o especialista terá
seu desempenho avaliado em
provas de conhecimentos específicos e deverá cumprir um
tempo mínimo em cada nível.
"O salário final chega a quase
dobrar", completa Márcia Santos Siqueira, 24, executiva pública que vai prestar concurso
para o cargo -as inscrições estão abertas até o dia 20, e há 150
vagas. O salário inicial do especialista é de R$ 3.800 e pode
chegar a R$ 8.063.
Na Cetesb (Companhia de
Tecnologia de Saneamento
Ambiental), os funcionários ganharam um plano de carreira
em outubro do ano passado.
Desde então, profissionais
podem ser promovidos por
competência ou evoluir dentro
do cargo. Tudo depende da avaliação feita a cada 12 meses.
Em dezembro do ano passado, foi aprovada na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo) uma proposta do
governador José Serra que muda os critérios de promoção para os servidores da área administrativa do Estado.
Com isso, os funcionários das
chamadas "atividades-meio"
-como contadores, fiscais,
economistas e até motoristas-
passam a ser promovidos por
meio de avaliações anuais de
desempenho, e não mais por
tempo de serviço.
"O objetivo é melhorar a qualidade do serviço público no final. Começamos a implantação
pela Secretaria da Educação",
explica o secretário estadual de
gestão pública de São Paulo,
Sidney Beraldo, 58.
Começo no topo
Diferentemente do que ocorre na iniciativa privada, alguns
profissionais podem começar a
carreira já no topo. É o caso, por
exemplo, do auditor fiscal.
"Ele já entra com condição
de autoridade e cumpre funções e atribuições do Estado",
comenta Esther Martins, 52,
auditora fiscal da Previdência
em São Paulo e palestrante da
Central de Concursos.
A contrapartida, segundo
Martins, é que o auditor leva
suas responsabilidades consigo
por tempo indeterminado, independentemente de continuar no serviço público.
"Uma dívida ou denúncia de
corrupção, por exemplo, é
transmissível para seus herdeiros", alerta a auditora.
O Ministério do Planejamento pretende lançar edital para
auditor fiscal da Receita Federal neste ano. O último concurso foi realizado em 2005 -o salário atual é de R$ 12,5 mil.
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