São Paulo, domingo, 16 de maio de 2010

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recursos humanos

Com pipoca e uísque, empresas definem política para a Copa

Reunir equipes para ver os jogos em telões e mudar os turnos estão entre as opções adotadas

JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a seleção anunciada e a exatos 30 dias para o primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo 2010, cabe agora aos profissionais de recursos humanos definir se -e como- os funcionários acompanharão o maior torneio de futebol do planeta.
O que a princípio parece um tema de menor importância estratégica, segundo consultores ouvidos pela Folha, pode se tornar um gargalo produtivo, se não visto com seriedade.
"[A empresa que] não encontra uma solução acaba gerando impacto negativo no clima organizacional", avalia Selma Paschini, diretora-executiva da consultoria Human Capital.
Ciente disso, a Stenville Têxtil decidiu parar parte de suas atividades durante os jogos para que os funcionários acompanhem a seleção de Dunga nas televisões que foram instaladas em certos pontos da fábrica.
"É preciso colocar na balança as seis horas paradas que teremos na primeira fase e a satisfação dos funcionários", considera o diretor George Tomik.
Rogério Kadayan, sócio da Kenia Indústrias Têxteis, concorda. "É uma paixão nacional, todo mundo se envolve."
Sua empresa também providenciou televisões para que os funcionários que trabalham durante os horários de jogos possam acompanhar a seleção.
Se os jogos caírem no início ou no fim de algum turno, diz Kadayan, os colaboradores terão horários para assistir à partida em casa, caso queiram.
Outra que deve mexer nos horários dos turnos das suas fábricas é a Unilever. Quem trabalha nos escritórios será convidado a assistir aos jogos nos telões distribuídos pelas unidades, segundo Jéssica Hollaender, gerente de desenvolvimento organizacional.

Adequação
Para definir a política na Copa, o ideal é que cada empresa equacione seu modelo de negócios e seu ramo de atuação.
A Letnis, que presta serviços na área de tecnologia da informação, determinou que os consultores que trabalham lotados em outras empresas devem seguir a política dos clientes.
Para quem fica no escritório central, a empresa vai oferecer pipoca e refrigerante. Nas partidas que terminam no fim de tarde, será servido uísque.
Já a Tito Global Trade Services, depois de ter sofrido com a falta de espaço ao tentar reunir os colaboradores em Copas anteriores, decidiu mudar a estratégia. "Neste ano, vamos dispensar os funcionários", adianta o gerente financeiro e administrativo, Flavio Fogaça.


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