|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
recursos humanos
Com pipoca e uísque, empresas definem política para a Copa
Reunir equipes para ver os jogos em telões e mudar os turnos estão entre as opções adotadas
JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com a seleção anunciada e a
exatos 30 dias para o primeiro
jogo do Brasil na Copa do Mundo 2010, cabe agora aos profissionais de recursos humanos
definir se -e como- os funcionários acompanharão o maior
torneio de futebol do planeta.
O que a princípio parece um
tema de menor importância estratégica, segundo consultores
ouvidos pela Folha, pode se
tornar um gargalo produtivo,
se não visto com seriedade.
"[A empresa que] não encontra uma solução acaba gerando
impacto negativo no clima organizacional", avalia Selma
Paschini, diretora-executiva da
consultoria Human Capital.
Ciente disso, a Stenville Têxtil decidiu parar parte de suas
atividades durante os jogos para que os funcionários acompanhem a seleção de Dunga nas
televisões que foram instaladas
em certos pontos da fábrica.
"É preciso colocar na balança
as seis horas paradas que teremos na primeira fase e a satisfação dos funcionários", considera o diretor George Tomik.
Rogério Kadayan, sócio da
Kenia Indústrias Têxteis, concorda. "É uma paixão nacional,
todo mundo se envolve."
Sua empresa também providenciou televisões para que os
funcionários que trabalham
durante os horários de jogos
possam acompanhar a seleção.
Se os jogos caírem no início
ou no fim de algum turno, diz
Kadayan, os colaboradores terão horários para assistir à partida em casa, caso queiram.
Outra que deve mexer nos
horários dos turnos das suas fábricas é a Unilever. Quem trabalha nos escritórios será convidado a assistir aos jogos nos
telões distribuídos pelas unidades, segundo Jéssica Hollaender, gerente de desenvolvimento organizacional.
Adequação
Para definir a política na Copa, o ideal é que cada empresa
equacione seu modelo de negócios e seu ramo de atuação.
A Letnis, que presta serviços
na área de tecnologia da informação, determinou que os consultores que trabalham lotados
em outras empresas devem
seguir a política dos clientes.
Para quem fica no escritório
central, a empresa vai oferecer
pipoca e refrigerante. Nas partidas que terminam no fim de
tarde, será servido uísque.
Já a Tito Global Trade Services, depois de ter sofrido com a
falta de espaço ao tentar reunir
os colaboradores em Copas anteriores, decidiu mudar a estratégia. "Neste ano, vamos dispensar os funcionários", adianta o gerente financeiro e administrativo, Flavio Fogaça.
Texto Anterior: Caros, exames devem ter investimento ponderado à luz do plano de carreira Próximo Texto: Frase Índice
|