São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009

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PANORAMA

Empresas voltam a abrir vagas para trainees

Cancelamento de seleções recua após auge da crise econômica

EDUARDO CAMPOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A ansiedade de quem vai disputar uma vaga de trainee somou-se, no segundo semestre de 2008, à incerteza gerada pelo cancelamento de programas.
Receando os efeitos da crise econômica, empresas de siderurgia (Gerdau e ArcelorMittal), da indústria automobilística (Ford e Mangels) e de outros setores (como a Tetrapak e a construtora Skanska) informaram aos candidatos que fechariam ou suspenderiam as vagas previstas para este ano.
Mas, no primeiro semestre de 2009, começou a se delinear a reação. "De maio em diante, empresas que fizeram cortes e não investiram em talentos nos consultaram para colocarmos trainees e estagiários em cargos que ficaram abertos", afirma Fernando Montero da Costa, diretor de operações da consultoria Human Brasil.
A demanda se manteve em alguns setores, como os de varejo, energia e indústrias de bens de consumo, química e de alta tecnologia.
Consultores avaliam que o impacto da crise sobre a contratação de trainees não tem sido muito significativo, apesar de interromper o ritmo de crescimento dos últimos anos.
Os diversos programas abertos são sinal de que é hora de investir em estratégias para conquistar a vaga desejada.

Para ficar com a vaga
Na seleção, sai na frente quem se identifica com a cultura da empresa e entende como ela funciona e qual é seu papel no mercado.
Competências interpessoais, como boa comunicação e capacidade de trabalhar em equipe, são importantes até o fim do treinamento.
A ansiedade e o desprendimento típicos da geração ligada em tecnologia devem ser contornados. "O desapego pode se tornar falta de comprometimento", diz Montero da Costa.
No programa, o jovem pode atuar em uma só área ou em vários departamentos -para ficar com a vaga, deve aproveitar ao máximo as oportunidades.
Mas, depois do trainee, ele nem sempre é alçado a uma posição gerencial. Em empresas com estruturas de carreira fluidas, não é preciso ter cargo de gestor para ser responsável por projetos.


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