São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009

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APÓS O PROGRAMA

Gerência nem sempre é o prêmio no final

Liderar projetos é um dos primeiros desafios do jovem profissional

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Como há diferentes programas de treinamento, também são variados os modos de aproveitar o jovem na empresa -e a rapidez com que isso ocorrerá.
Programas rotativos, que permitem atuação em diversos setores, possibilitam adaptação mais rápida à empresa, comenta Adriana Fellipelli, 44, presidente da consultoria Fellipelli.
"Ele pode identificar vagas com que tenha mais afinidade", completa, ressaltando que é comum o ex-trainee começar como gerente júnior.
Empresas com hierarquia mais rígida tendem a ter mais etapas. "Pode-se começar como gerente, mas é mais comum que o primeiro cargo seja o de analista", aponta Fellipelli.
Algumas empresas da área de auditoria, por exemplo, se estruturam de forma piramidal, e o trainee entra na base, no cargo de assistente (1, 2 e 3).
Após essas etapas, vira assistente sênior, depois gerente, e assim evolui, enumera Claudia Bronzoni, gerente de recursos humanos da Deloitte.
Segundo Bronzoni, ele leva cerca de sete anos para virar gerente. "Mas não se compara a um gerente de empresas de outros setores. É extremamente valorizado pelo mercado", diz.
Thais Blanco, 36, diretora da área de gestão de talentos da Hewitt Associates, aponta que o ex-trainee pode liderar projetos, mas não necessariamente ocupar posição de gestor.
"Pode fazer parte de uma equipe e liderar o projeto de outra", acrescenta Fernando Montero da Costa, diretor de operações da Human Brasil.

Mistura
Muitas empresas têm programas que misturam períodos de rotatividade com alocação em uma área específica.
"Nosso programa dura 11 meses. De fevereiro a abril, os trainees rodam por todos os setores. De maio a dezembro, são alocados em uma área para desenvolver projetos", diz Úrsula Angeli, gerente-geral de recursos humanos da Whirlpool.
Ela conta que a posição de liderança não é atingida logo depois. "Exigimos competências gerenciais que levam tempo para conquistar."
Na ALL, a alocação dos trainees não tem regra, explica Marcela Aidar, 27, especialista da área de gente. "Posicionamos o trainee de acordo com o que faz sentido para seu aprendizado. Se precisar se desenvolver em outra área, faz rotação."
Isso permite que trainees com potencial cresçam rápido. "Alguns terminaram o programa, passaram seis meses como coordenadores e depois já se tornaram gerentes", conta. (ECL)


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