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APÓS O PROGRAMA
Gerência nem sempre é o prêmio no final
Liderar projetos é um dos primeiros desafios do jovem profissional
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Como há diferentes programas de treinamento, também
são variados os modos de aproveitar o jovem na empresa -e a
rapidez com que isso ocorrerá.
Programas rotativos, que
permitem atuação em diversos
setores, possibilitam adaptação
mais rápida à empresa, comenta Adriana Fellipelli, 44, presidente da consultoria Fellipelli.
"Ele pode identificar vagas
com que tenha mais afinidade",
completa, ressaltando que é
comum o ex-trainee começar
como gerente júnior.
Empresas com hierarquia
mais rígida tendem a ter mais
etapas. "Pode-se começar como gerente, mas é mais comum
que o primeiro cargo seja o de
analista", aponta Fellipelli.
Algumas empresas da área de
auditoria, por exemplo, se estruturam de forma piramidal, e
o trainee entra na base, no cargo de assistente (1, 2 e 3).
Após essas etapas, vira assistente sênior, depois gerente, e
assim evolui, enumera Claudia
Bronzoni, gerente de recursos
humanos da Deloitte.
Segundo Bronzoni, ele leva
cerca de sete anos para virar gerente. "Mas não se compara a
um gerente de empresas de outros setores. É extremamente
valorizado pelo mercado", diz.
Thais Blanco, 36, diretora da
área de gestão de talentos da
Hewitt Associates, aponta que
o ex-trainee pode liderar projetos, mas não necessariamente
ocupar posição de gestor.
"Pode fazer parte de uma
equipe e liderar o projeto de
outra", acrescenta Fernando
Montero da Costa, diretor de
operações da Human Brasil.
Mistura
Muitas empresas têm programas que misturam períodos
de rotatividade com alocação
em uma área específica.
"Nosso programa dura 11 meses. De fevereiro a abril, os trainees rodam por todos os setores. De maio a dezembro, são
alocados em uma área para desenvolver projetos", diz Úrsula
Angeli, gerente-geral de recursos humanos da Whirlpool.
Ela conta que a posição de
liderança não é atingida
logo depois. "Exigimos
competências gerenciais que levam tempo
para conquistar."
Na ALL, a alocação
dos trainees não tem regra, explica Marcela Aidar, 27, especialista da
área de gente. "Posicionamos o trainee de acordo com o
que faz sentido para seu aprendizado. Se precisar se desenvolver em outra área, faz rotação."
Isso permite que trainees
com potencial cresçam rápido.
"Alguns terminaram o programa, passaram seis meses como
coordenadores e depois já se
tornaram gerentes", conta.
(ECL)
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