São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2007

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Contrato de risco

Tentar negociar pagamento pode ser a saída para driblar golpistas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando soube que teria de pagar R$ 2.000 para conseguir uma vaga, o advogado Arthur Dego, 37, desconfiou.
Em vez de sacar o talão de cheques, preferiu negociar. "Disse que pagaria, mas com o meu primeiro salário", conta.
Desde então, nunca mais ouviu sobre o futuro emprego.
Já para a advogada Natália Freitas de Souza, 30, outra empresa disse que ela teria de fazer um teste psicológico, cujo valor a pagar era de R$ 700.
"Falei que pensaria. Durante a hora seguinte, a secretária me ligou três vezes e ofereceu a possibilidade de dividir o valor no cartão de crédito", conta. "Ela deu a entender que bastaria eu fazer aquele teste para que o emprego fosse meu."
Sônia Mascaro Nascimento, presidente da Comissão de Estudos do Direito do Trabalho da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), afirma que o questionamento tanto do valor como da forma de pagamento pode ser uma saída para detectar as más agências de seleção.
"Existem empresas sérias que cobram não pela vaga, mas pelo treinamento do candidato. O trabalhador deve estar atento ao que está escrito no contrato, que é, geralmente, de adesão e de prestação de serviços."

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