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Contrato de risco
Tentar negociar pagamento pode ser a saída para driblar golpistas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quando soube que teria de
pagar R$ 2.000 para conseguir
uma vaga, o advogado Arthur
Dego, 37, desconfiou.
Em vez de sacar o talão de
cheques, preferiu negociar.
"Disse que pagaria, mas com o
meu primeiro salário", conta.
Desde então, nunca mais ouviu sobre o futuro emprego.
Já para a advogada Natália
Freitas de Souza, 30, outra empresa disse que ela teria de fazer um teste psicológico, cujo
valor a pagar era de R$ 700.
"Falei que pensaria. Durante
a hora seguinte, a secretária me
ligou três vezes e ofereceu a
possibilidade de dividir o valor
no cartão de crédito", conta.
"Ela deu a entender que bastaria eu fazer aquele teste para
que o emprego fosse meu."
Sônia Mascaro Nascimento,
presidente da Comissão de Estudos do Direito do Trabalho
da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), afirma que o
questionamento tanto do valor
como da forma de pagamento
pode ser uma saída para detectar as más agências de seleção.
"Existem empresas sérias
que cobram não pela vaga, mas
pelo treinamento do candidato.
O trabalhador deve estar atento ao que está escrito no contrato, que é, geralmente, de adesão
e de prestação de serviços."
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