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recursos humanos
Planejamento de festa exige cuidados
Se o clima está ruim, evento não ajuda na integração
MARIA CAROLINA NOMURA
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de um balanço do desempenho da empresa e do estabelecimento de metas, os
funcionários já esperam algum
tipo de confraternização quando chega o final do ano.
Contudo, o tipo de festa deve
estar de acordo com o momento que a empresa vive, na avaliação de Fernando Feitosa,
superintendente comercial da
Across, consultoria de desenvolvimento profissional.
"Se a firma teve um clima
ruim durante o ano, não adianta apostar na festa como uma
maneira de integrar as pessoas", afirma Feitosa.
Apesar dos tempos de crise, a
LG, que tem mais de 5.000 funcionários, não vai abdicar da
tradicional confraternização,
afirma o gerente-geral de recursos humanos, Fábio Gurman. "É uma forma de reconhecer o esforço de cada um."
Mas, para que o evento atinja
o seu objetivo e os funcionários
sintam-se satisfeitos, é importante que a festa seja planejada,
aponta Maurício Marques,
sócio-diretor da Agência Setter
Projetos Especiais, que realiza
eventos corporativos.
Para evitar que os funcionários bebam além da conta e,
com isso, estraguem não só a
festa mas também a sua imagem dentro da firma, Marques
aconselha as empresas a instalarem vários pontos de comida
no salão. "Também não pode
faltar bebida. Se acaba uma, a
pessoa mistura com a que ainda
tem e aí é um desastre."
Outro conselho é limitar a
duração do evento. "Quanto
mais a festa se estica, mais as
pessoas passam da conta."
Para evitar esses problemas,
a franqueadora Mundo Verde
adota uma tática simples: nada
de bebida alcoólica na festa,
que, geralmente, começa às 15h
e termina às 18h, segundo Arlindo Antunes, gerente de RH.
Cônjuges
Além da bebida, outro ponto
de preocupação é a presença
dos cônjuges no evento.
"O acompanhante limita a
sinergia da integração, que é a
proposta da confraternização",
opina Maurício Marques.
Renata Mello, consultora de
imagem corporativa, acrescenta que, além de inibir o funcionário, o cônjuge pode atrapalhar a festa. "Uma vez, uma jovem levou seu namorado para o
evento da empresa e ele arranjou confusão. Foi muito constrangedor para ela."
Para evitar esse dilema, Fernando Feitosa comenta que
algumas empresas têm substituído a festa por uma ação
social. "Sem consenso, as empresas optam pela boa ação. E
não há quem não a aprove."
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