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O estudante que começa a estagiar sem ter um plano de carreira pode estar perdendo um tempo precioso para a sua formação.
Planejamento significa, em alguns casos, deixar de lado a preocupação com a remuneração e escolher um trabalho que até pague pouco, mas que garanta oportunidades de aprendizado.
"O jovem hoje é muito imediatista. Você tem de trabalhar sempre aprendendo, às vezes não tão bem remunerado, mas criando condições para ter poder de barganha", diz José Carlos Monteiro, 46, sócio-diretor da Arthur Andersen.
Para o consultor Simon Franco, o estágio é a chance para que o estudante conheça as possíveis áreas de atuação e determine suas preferências. "Quem ainda não se definiu deve rodar em diversas áreas, não necessariamente mudando de empresa. Fazer estágio em muitas firmas não significa qualidade."
Segundo ele, o estudante deve optar por companhias com programas de estágio estruturados.
Para essa fase, Ana Maria Cadavez, da KPMG, dá o alerta: o estudante não deve se deixar levar pelos estereótipos do mercado, como o de que o ideal é trabalhar em grandes empresas da área.

Plugado
Segundo Sula Vasconcellos, diretora da Companhia de Talentos, o estudante precisa estar sempre procurando ter contato com a área que escolheu. "Se não conseguir estágio, converse com pessoas que já estão no ramo, tente a empresa júnior da universidade ou faça um trabalho não-remunerado, (como em ONGs -Organizações Não-Governamentais). O importante é estar plugado na profissão."
Também é aconselhável que o aprendiz não se desespere querendo suprir todos os anseios da companhia logo no primeiro dia. "O que interessa, agora, é preocupar-se com seu autodesenvolvimento na empresa", diz Sylvana Rocha, 46, gerente educacional do CIEE.



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