São Paulo, domingo, 17 de novembro de 2002

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REVELAÇÃO

"Prêmio de estímulo" dá projeção a universitários

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Não apenas para profissionais já experientes mas também na hora de conseguir o primeiro emprego, um bom prêmio pode ser o diferencial que faltava para conquistar uma vaga no mercado.
A variedade dos chamados "prêmios de estímulo" é maior do que a de concursos voltados para funcionários. Do direito à engenharia, é possível encontrar concursos para universitários em praticamente todas as áreas.
Quem já passou pela experiência de vencer uma prova acadêmica afirma que as chances de contratação aumentam muito. "Um mês depois de sair da faculdade, eu estava empregado. Acho que ganhar o "minibaja" foi muito importante para isso", diz Marcos Paulo Pinheiro, 27, engenheiro.
O prêmio a que ele se refere é promovido anualmente pela SAE-Brasil (Sociedade dos Engenheiros Autônomos), entidade norte-americana com filiais em 26 países. Os "minibajas" são um tipo de carro em miniatura, com todas as funções normais de um automóvel, mas com comprimento variando de 2 m a 3 m.
Pinheiro ficou em segundo lugar no torneio de 2000. Segundo ele, várias companhias do setor automobilístico enviam "olheiros" para o concurso, no qual tentam descobrir novos talentos.
Pedro Paulo Santoro, 25, designer, vai mais longe. Para ele, "os concursos são imprescindíveis". "O que capacitou a minha carreira foi a conquista do prêmio Brasil Faz Design, em 2000. A partir daí, fui convidado para expor meu trabalho fora do país", diz.
Hoje, ele tem um escritório próprio e fornece material para lojas de design, para arquitetos e diretamente para os clientes finais.

Empresa premiada
No outro extremo da corrente de premiações, há as destinadas a pessoas jurídicas. São, em sua maioria, prêmios nas áreas de marketing, administração e recursos humanos. Mas podem ser também diferencial no currículo dos profissionais participantes.
Paulo Seixas, 31, sócio-diretor de atendimento da firma Giro, de marketing promocional, afirma que, além do estímulo aos negócios, a conquista desses títulos eleva a auto-estima da equipe.
"Esse não pode ser o foco principal da empresa, mas [ganhar troféus" ajuda no trabalho", afirma. A empresa conquistou 11 prêmios nos últimos três anos.
A professora da Eaesp-FGV (Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas) Zilla Patrícia Bendit ressalta também o reforço curricular proporcionado por um concurso na área empresarial.
"O mercado sabe qual equipe foi responsável pelo sucesso da empresa, e, mesmo que o objetivo do prêmio não seja valorizar pessoas, elas acabam sendo cobiçadas pela concorrência", conclui.


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