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Empresas estratificam deficiências
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar dos números
crescentes, a inclusão de
pessoas com deficiência
nas corporações ainda
precisa exorcizar um fantasma criado por elas mesmas: um preconceito velado, que se segmenta por
grau e tipo de deficiência e
cria o grupo dos "excluídos
dentre os incluídos".
Prova disso são os números que apontam o perfil das 55.321 pessoas com
deficiência contratadas
nos últimos cinco anos:
42,6% delas são deficientes físicos, contra 3,6% de
deficientes mentais e 1%
com deficiência múltipla.
"As empresas buscam
contratar pessoas com
menor grau de deficiência
-e é a mental, ou intelectual, que é sempre discriminada. O complicado é
perceber que o mercado
ainda faz essa seleção",
aponta Izabel Maior, coordenadora-geral da Corde
(Coordenadoria Nacional
para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência), órgão ligado à Presidência da República.
Para Izabel Maior, um
dos desafios das grandes
empresas é permitir que
deficientes participem de
todas as vagas ofertadas, e
não que se criem vagas específicas para deficientes.
"A questão do posto de
trabalho ainda é quase mítica por parte dos recursos
humanos, que acham que
determinado tipo de deficiência se encaixa em um
tipo único de vaga. Mas isso não é real", afirma.
(AR)
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