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São Paulo, domingo, 18 de maio de 2003

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Modalidades de "pós-MBA" chegam a ter apenas seis dias de duração, mas custos ainda são altos

Aprendizado mais rápido seduz executivos

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Cursos de especialização e de MBA no currículo. Experiência gerencial de mais de dez anos. Aparentemente, voltar aos bancos escolares não estaria entre as pretensões de executivos com esse histórico. Presidentes e diretores de empresas, no entanto, estão tão presentes nas escolas como os jovens recém-formados.
A Fundação Dom Cabral criou três opções de curso para esse público. Quem já fez um MBA na instituição pode complementar os estudos com um "pós-MBA": módulo de seis dias sobre marketing e liderança realizado na Escola de Gerenciamento Kellogg, nos EUA (US$ 4.500). Os créditos obtidos com o MBA também eliminam 50% dos necessários para obter o título de mestrado profissional em administração na FDC.
Desvinculados do MBA, há o PGA (Programa de Gestão Avançada) e o STC (Skills, Tools and Competences). O primeiro é realizado em parceria com o Insead (Instituto Europeu de Administração de Negócios), na França, e focado em gestão internacional. O segundo tem aulas na Kellogg e ênfase em finanças e marketing.
No mesmo segmento de experiência internacional, a FGV Management desenvolveu o FGV CEO, lançado neste ano. Após um módulo no Brasil (que custa R$ 22,5 mil), o aluno opta por duas semanas de aulas na Universidade Columbia, nos EUA, ou no IMD (Instituto Internacional de Desenvolvimento de Gerência), na Suíça. "Os brasileiros se incorporam a uma classe de executivos estrangeiros, discutindo liderança e estratégia", explica Ricardo Spinelli de Carvalho, 60, diretor-executivo da FGV Management.
Já o Ibmec-RJ oferece o PDG (Programa de Desenvolvimento Gerencial), de oito meses de duração, com duas áreas de concentração: gestão e governança corporativa. A turma de executivos se reúne uma vez por semana.

"Pente-fino"
Inácio Larraona Tavares, 40, proprietário da RTT Telecomunicações e Informática, termina o PDG em julho deste ano e diz que, antes de se matricular, visitou alguns cursos de MBA, mas não achou os colegas que procurava.
"Nas salas de aula, vi pessoas que estavam saindo da faculdade, interessadas apenas no diploma. Com executivos mais experientes, posso trocar informações e até fazer novos negócios", defende.
Para o aluno, escolher o que e onde estudar é estratégico. "É preciso não se deixar levar por grifes e siglas", diz João Carlos Ferraz, professor da UFRJ. "Gaste tempo para escolher bem o curso."
A dosagem entre livros e trabalho também deve ser cuidadosa, explica o consultor Denys Monteiro, 33, vice-presidente da Fesa, consultoria para executivos. "Não adianta ir de um curso para outro sem ter experiência. Trabalhar em boas empresas também é uma forma de aprender gestão."



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