São Paulo, domingo, 18 de setembro de 2005

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Europa supera EUA em bolsas de estudo

DA REPORTAGEM LOCAL

Europa, lá vão eles. Ainda que os Estados Unidos ocupem a primeira posição no rol de países que mais recebem pós-graduandos brasileiros financiados por agências governamentais de fomento à pesquisa, é no velho continente que a maioria deles desembarca.
Dos 1.800 bolsistas de pós-graduação que estão no exterior com recursos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), 63% preferiram universidades européias.
A França é o destino escolhido por 22% dos doutorandos e pós-doutorandos, seguida pelo Reino Unido (13%) e pela Alemanha (9%). Isoladamente, os EUA são o país com mais brasileiros (29%).
O panorama é similar ao do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). A Grã-Bretanha, a França e a Alemanha reúnem 41% dos 510 brasileiros que contavam com auxílio fora do país em 2004. Os Estados Unidos tinham 31%.
Ambas as instituições não têm privilegiado a concessão de bolsas de mestrado. "Tendo em vista a consolidação do sistema de pós-graduação brasileiro, foi definido que daríamos prioridade a cursos de pós-doutorado e "doutorado-sanduíche" [que permite ao estudante permanecer em outro país por um ano para o desenvolvimento da tese]", informa José Roberto Drugowich, do CNPq.
Segundo ele, por serem programas menos onerosos, possibilitam o atendimento a mais pós-graduandos. "Casos de insucesso, como cursos não concluídos, erro na escolha do país ou da instituição e projetos de pesquisa que não foram bem delineados, são menores em bolsas como essas."


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