São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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DO CANTEIRO AO ESCRITÓRIO

Contratação cresce 241% no nível superior

Fernando Moraes/Folha Imagem
O analista financeiro Fernando Silva, 32, vai cursar MBA em gestão de projetos


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O mercado de trabalho está se revelando promissor para aqueles profissionais que gostam de colocar as mãos à obra. Do canteiro ao escritório, o setor de infra-estrutura deve gerar 25 mil vagas neste ano, segundo a Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Um dos destaques é a área de engenharia civil, especialmente para projetos de grande porte. "As companhias que concentram mais vagas são as de geração e transmissão de energia e petrolíferas", diz José Augusto Marques, 52, presidente da Abdib, reforçando que também surgirão oportunidades em transportes urbanos, como o metrô.
Os postos não se concentram só no nível operacional. O número de profissionais do setor com formação superior cresceu 241% entre 1999 e 2001, ou seja, saltou de 5.300 para 12.800, segundo dados da Abemi (Associação Brasileira de Engenharia Industrial).
"Contratamos 150 funcionários de nível universitário neste ano, de engenheiros a superintendentes de negócios", exemplifica José Navarro, 49, gerente de desenvolvimento humano da Construções e Comércio Camargo Corrêa.
No nível técnico, o crescimento também foi significativo: 117%.
"Surgem novas opções de atuação, como administração de projetos e engenharia financeira", diz Marques. Esta última agrega especialistas em finanças, responsáveis pelos fundos dos projetos.
E não são apenas os engenheiros que têm vez. Fernando Silva, 32, técnico em edificações e também economista, começou a trabalhar em uma construtora. Hoje é analista econômico-financeiro. "Vim de uma área diferente, mas gosto muito de construção civil."
(BRUNA MARTINS FONTES)

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