São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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DO CANTEIRO AO ESCRITÓRIO

Estudo pavimenta crescimento na carreira

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Com a entrada do investimento privado na área de infra-estrutura, outras habilidades passaram a ser requeridas pelas empresas.
Disponibilidade para acompanhar obras em todo o país e conhecer bem a estrutura da empresa, seus produtos e os da concorrência são itens fundamentais.
Mas é preciso ganhar diferenciais para lidar com os investidores, geralmente estrangeiros.
Além de saber gerenciar a mudança da cultura de gestão da empresa -mais globalizada e orientada para resultados-, "dominar outro idioma e saber lidar com outras culturas passam a ser características valorizadas", ressalta Iêda Novais, diretora-presidente da Mariaca & Associates.
A área de gestão de projetos é a que mais está em evidência, segundo Alexandre Fantozzi, 25, consultor da divisão de "engineering" da Michael Page International. "A função é nova, e há carência de profissionais no mercado, mas muitas empresas optam por treinar pessoas de seu quadro."

Estudo
Nas salas de aula pode-se ter uma idéia de como a procura por especialização tem transformado o perfil de programas voltados para a área de administração.
"Cerca de 30% dos alunos são do setor de engenharia e construção", diz Roberto Sbragia, 50, coordenador do MBA (Master in Business Administration) em administração de projetos da USP.
Os recrutadores buscam profissionais que entendam também de aspectos financeiros, jurídicos e de recursos humanos do projeto.
O engenheiro Leandro Alves Patah, 32, gerente de projetos da Siemens, dedica-se aos estudos para se enquadrar nesse perfil.
Desde que se formou, em 1998, fez especialização em administração, iniciou curso de mestrado na área de engenharia de produção e não pretende parar de estudar.
"A engenharia fornece as ferramentas fundamentais, como a capacidade de raciocínio, mas a carreira gerencial também requer especialização em administração."
A excelência técnica é exigida pelas empresas, segundo Novais, que ficam de olho no investimento do profissional no aprimoramento. "É necessário se atualizar a cada um ano e meio ou dois."
Mas, para que o estudo renda, é preciso examinar o conteúdo do curso. O programa deve estar em sintonia com a realidade das empresas, e não ser muito genérico, recomendam os especialistas.


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