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Perfil virtual também é avaliado
1 em 4 recrutadores recorre a informações de redes de relacionamento para analisar candidato
DE SÃO PAULO
Ter um perfil em redes de
relacionamento, principalmente nas profissionais como o LinkedIn, faz diferença
para 1 em 4 avaliadores. É o
que mostra o levantamento
realizado pela Right Management neste ano.
"O uso da internet muda
muito [a seleção] porque você consegue ver como as pessoas se relacionam e se expressam e que assuntos elas
buscam na rede", afirma Giuliana Hyppolito, consultora
de recursos humanos do grupo de recrutamento DMRH.
A recomendação de especialistas é acrescentar o endereço eletrônico do perfil
profissional no currículo.
As informações no mundo
virtual, assim como no documento impresso de apresentação, devem ser resumidas,
com o uso de palavras-chave
que tornem o candidato um
alvo fácil para pesquisas de
recrutadores na rede.
A concisão é ponto importante para consultores e analistas, que dispõem de menos
tempo para se dedicar à análise curricular. Para 79% dos
entrevistados, o número de
páginas do documento segue
a máxima "uma é pouco,
duas é bom e três é demais".
Mas não vale diminuir a
fonte do texto e as margens
para colocar mais dados. "[O
currículo] deve ter uma forma atraente", destaca Hamilton Teixeira, sócio da DRH -
Talent Search. Segundo ele,
a diagramação do documento é fator essencial para chamar a atenção do leitor.
SEM POESIA
O candidato deve deixar a
poesia de lado. Nem mesmo
a prosa tem agradado aos recrutadores. O formato preferido pela maioria deles
(80%) ainda é o texto dividido em tópicos, também chamados "bullet points".
"O texto em itens é mais
claro. Às vezes, a gente vê
nos tópicos detalhes sobre o
que foi realizado no último
cargo ocupado que não aparecem em um texto dissertativo", esclarece Hyppolito.
Entre essas informações
devem estar o nome fantasia,
o faturamento médio e a área
de atuação da empresa. Especialistas também indicam
acrescentar a razão social.
"Existem muitas empresas
cuja marca não é tão conhecida, mas que faturam milhões. [Colocar a razão social]
ajuda a conhecer o peso do
profissional", diz Fábio Padovani, associado sênior da
2GET, de recrutamento.
SALA DE AULA
Os cursos de graduação
e de pós-graduação, como
especialização, mestrado e
doutorado, mesmo que não
concluídos, ainda têm mais
peso que os de atualização
de curta duração, mais voltados para as demandas de
mercado, sinaliza Mylene Mitrullis, consultora sênior da
Amrop Panelli Motta Cabrera
Executive Search, de recrutamento de executivos.
"A vida acadêmica revela
que a pessoa tem investimentos em cursos de longo
prazo, de formação tanto
pessoal como profissional",
assinala a especialista.
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