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São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2003

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ESCOLAS

Curso particular caro nem sempre é melhor do que pós pública; programas são semelhantes

Mensalidade alta não é critério de qualidade

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Não existe consenso no mercado sobre diferenças relevantes entre os cursos de pós feitos em escolas públicas e privadas. O melhor, portanto, é pesquisar cada opção antes de se decidir.
"Um professor acadêmico pode não ter capacidade prática para discernir se as técnicas ensinadas condizem com a realidade, e o [docente] do mercado tende a ensinar só o que funciona com ele", afirma Virgínia Parente, reitora da BSP. A escola, segundo ela, procura misturar os enfoques.
"Os MBAs das instituições públicas têm conseguido trazer professores do mercado. É verdade que há cursos com uma vertente mais acadêmica, mas é preciso analisar o modelo para saber se isso é bom ou ruim", contrapõe Luciana Sarkozy, sócia-diretora da consultoria Career Center.
"Não consigo enxergar desvantagens em propostas que visem a melhorar o desempenho e a formação de um profissional. A questão é o reconhecimento que a instituição goza no mercado e a qualidade de seus docentes, associada ao objetivo do aluno", completa Maristela Guimarães Andre, diretora de talentos da ESPM.
Nessa análise, muitas variáveis precisam ser levadas em conta. Uma fundação ligada a uma instituição pública, por exemplo, tem mais liberdade para convidar professores de fora para dar aulas.
"Existem bons profissionais nas duas modalidades. Há muito de estereótipo nessa discussão", afirma Marcos Augusto de Vasconcellos, vice-diretor acadêmico da FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas).
Marcos Macari, pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Unesp (Universidade Estadual Paulista), aponta uma vantagem financeira. Segundo ele, de 30% a 40% dos cursos de pós "lato sensu" das escolas públicas são gratuitos -o que, por outro lado, faz com que sejam mais concorridos.
Para quem não abre mão de fazer um curso no exterior, também há alternativas como cursar módulos de programas brasileiros fora do país. O MBA Executivo da BSP, por exemplo, prevê duas semanas na Universidade de Toronto (Canadá). O MPA (Mestrado Profissional em Administração) da FGV-Eaesp oferece parceria com a University of Texas (EUA) ou com a HEC School of Management (França). (RGV)


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