S?o Paulo, domingo, 19 de dezembro de 2010 |
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Iniciantes chegam especializados Novos "hunters" têm formação nas áreas em que vão recrutar; empresas querem focar nicho DE SÃO PAULO O novo "headhunter", mais jovem e com menos experiência de mercado, é também mais especializado. É na área de formação ou na qual atuou em que ele terá de garimpar os talentos para suprir a demanda de profissionais para cargos de média gerência nas empresas. Um advogado que tenha sido trainee ou estagiário em um escritório, por exemplo, pode vir a "caçar" colegas. Para isso, além do curso superior em área correlata, é preciso ter competências como boas comunicação e negociação e muitos contatos. Formado em administração em 2007 e ex-auditor financeiro de uma multinacional, Thiago Cardoso, 27, reunia as habilidades necessárias para tornar-se um recrutador. Foi contratado neste ano pela consultoria Michael Page para a área de finanças. Sua trajetória é semelhante à de muitos profissionais que migram para o campo de seleção de executivos. Numa entrevista de emprego para a área de auditoria, o recrutador identificou em Cardoso os requisitos necessários para tornar-se consultor. A migração, contudo, exigiu esforço. "A auditoria era uma área totalmente quantitativa, uma rotina muito mais analítica e técnica. Para superar [a lacuna de aprendizado], passei por um treinamento muito pesado", conta, sobre as aulas de entrevista e de comportamento que teve. Cardoso foi um dos 80 contratados pela consultoria especializada em média gerência neste ano -30 para repor os demitidos em 2009 e 50 para novas posições. Não há números sobre o mercado de "headhunting" no país. Mas outras grandes consultorias, como Robert Half e Search, também ampliaram seus quadros. Para parte dos especialistas, a oferta desse tipo de serviço pode estar se "banalizando" devido à enxurrada de novos "headhunters" e empresas de "hunting". BUTIQUES A estratégia de algumas delas para se diferenciar -e crescer- é adotar o modelo de consultoria "butique". Nele, as metas a serem cumpridas por consultor são menores em volume e maiores em remuneração. O foco, conta Eduardo Bacetti, 31, sócio da 2Get Consultoria, é tornar o serviço personalizado. A empresa, complementa Bacetti, tem profissionais especializados em diferentes áreas, mas há maior maleabilidade dentro da consultoria. "Não é porque alguém tem mais experiência no setor financeiro que só vai recrutar naquela área", diz. Texto Anterior: Mercado aquecido mira "headhunter" mais jovem Próximo Texto: Exigências para caçar Índice | Comunicar Erros |
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