S?o Paulo, domingo, 19 de dezembro de 2010

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Aumento de propostas infla salário

Profissionais cobiçados têm ofertas cada vez mais arrojadas para mudar

DE SÃO PAULO

Com o crescimento do mercado de "headhunters" e de consultorias de recrutamento de executivos, as chances de profissionais serem assediados pela concorrência também aumentam.
Especialmente os que atuam em áreas com maior carência de trabalhadores, como engenharia, tecnologia e finanças, segundo apontam consultores.
Nesse processo, além da perspectiva de maior empregabilidade, há também a de salários maiores.
Assim, a remuneração é inflacionada, destaca a presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Leyla Nascimento.
Por mais que o salário não seja a única forma de conquistar o profissional, ele é frequentemente utilizado para fazê-lo mudar de empresa.
Foi o que aconteceu com Renata Araújo, 23, gerente sênior de uma instituição financeira. Há cinco anos trabalhando em um banco, diz sofrer bastante assédio por parte de "hunters" e empresas de consultoria de RH.
As ofertas, porém, nunca tinham um perfil que a fizesse querer trocar de empresa. Até o momento em que a gerente-geral de um banco concorrente telefonou diretamente para ela oferecendo o dobro do salário para que ocupasse posição similar.
"Eu coloquei na balança o salário, a oportunidade de crescimento na carreira e o perfil do banco", assinala Araújo, que começou no novo emprego há um mês.
A tentativa de reter o profissional também passa pela negociação de salários.
A.S., 31, funcionária da área de marketing de uma agência de comunicação, estava em seu quarto mês no emprego quando recebeu proposta para se tornar executiva da empresa de telecomunicações na qual havia trabalhado anteriormente.
Ela apresentou a proposta para a agência de comunicação ao pedir o desligamento, sem pedir negociação.
A profissional diz ter ficado surpresa quando recebeu uma contraproposta salarial para permanecer em seu cargo. "Eu tinha acabado de chegar na agência e não via que poderia negociar salário. Ainda mais porque a oferta era bem maior do que o que eu ganhava", conta ela, que permaneceu na agência.


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