São Paulo, domingo, 20 de outubro de 2002

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Profissionais chegam aos supermercados

Fernando Moraes /Folha Imagem
MERCADO Ana Maria Corrêa, hostess do Pão de Açúcar, usou a experiência em festas para se candidatar ao cargo criado pela rede


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Receber pessoas não é atividade só para notívagos. A rede Pão de Açúcar tem anfitriãs em 43 de suas 176 lojas. O perfil das profissionais é bastante diferenciado.
"Procuramos mulheres de 35 a 50 anos de idade, com nível superior e experiência de vida como dona-de-casa", define Marília Parada, gerente de recursos humanos da empresa.
O trabalho delas consiste em prestar consultoria aos clientes sobre o uso de produtos e chamar a atenção para aproveitar promoções que estejam sendo oferecidas em determinado dia.
"Esse serviço se torna um instrumento de marketing de relacionamento", afirma Parada.
Após admitidas, as hostesses passam por um treinamento de etiqueta, que dura três meses. Entre outras lições, aprendem a decorar pratos e a degustar vinhos, para atender a todos os clientes.
Ana Maria Corrêa, 50, passou pelo programa. Separada, mãe de três filhos, usou o conhecimento de organizar festas e recepções para os amigos e a experiência de trabalhar em uma loja para ter sucesso na nova atividade.
"Como hostess, tenho de ter muita tolerância e educação para agradar às pessoas", declara.

Homens na disputa
O sexo masculino também tem lugar no mundo dos anfitriões. O trabalho mais tradicional de um típico host é o de recepção dos clientes em uma casa noturna.
Trata-se de uma atividade que o arquiteto Rick Levy, 29, conhece muito bem, uma vez que a exerce há 11 anos. Hoje ele atua às sextas e aos sábados, na Funhouse, estabelecimento especializado em rock, que fica na rua Bela Cintra (zona central de São Paulo).
"Sempre frequentei ambientes noturnos", conta. Já passou por cinco lugares como host. Em todos eles, conseguiu a vaga por indicação de promotores de festas que conheciam seu potencial, o que mostra a importância da "network" (rede de contatos).
Ser o anfitrião de uma casa noturna exige bom senso para lidar com os clientes inconvenientes. "Há, por exemplo, aqueles que querem entrar desgraça e, quando barrados, apontam o dedo e dizem: "Você sabe com quem está falando?" O host não pode conceder certos privilégios", diz Levy.
A hostess Pauliana Tokuda, que tem o perfil clássico da profissão, nota que há renovação. "O mercado está mais diversificado." (EV)


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