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Crianças tentam revelar disfarce
da Reportagem local
Virar papai-noel, na vida de Antonio Firmino, foi uma mudança
que aconteceu por acaso.
"Estava aposentado e minha filha arrumou um bico", afirma.
Hoje ele diz que não troca o trabalho por nada e que espera chegar o
fim do ano para entrar em ação.
Apesar de só trabalhar em dezembro, Firmino diz que tem muitas histórias para contar.
Segundo ele, lidar com a curiosidade das crianças é algo muito divertido. "Elas fazem de tudo para
saber se eu sou mesmo de verdade
ou se estou apenas vestido de papai-noel", afirma.
Algumas das técnicas utilizadas
pelas crianças para descobrir a verdadeira identidade do "velhinho"
revelam que elas estão cada vez
mais espertas.
Aliança e relógio
Na hora de se arrumar, Firmino
precisa ter muito cuidado para não
esquecer nenhum detalhe.
"Eles ficam pegando no meu dedo para ver se tenho aliança, passam a mão no meu braço para procurar o relógio e tentam abrir a minha roupa para ver se estou de camisa e tirar a barba", explica.
Firmino diz que, para lidar com
as crianças, é preciso ter muita paciência e jogo de cintura.
"Alguns são agressivos, querem
bater e xingar para ver como reajo
às atitudes deles."
Nessa hora, ele diz que contorna
a situação oferecendo um doce ou
fazendo uma brincadeira com a
criança. "Quase sempre funciona."
Em média, um papai-noel que
trabalha seis horas por dia -em
shopping centers e lojas- recebe
cerca de R$ 700 por mês, mas é
possível tirar um pouco mais fazendo visitas a residências nas festas de fim de ano.
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