São Paulo, domingo, 20 de dezembro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crianças tentam revelar disfarce

da Reportagem local

Virar papai-noel, na vida de Antonio Firmino, foi uma mudança que aconteceu por acaso.
"Estava aposentado e minha filha arrumou um bico", afirma. Hoje ele diz que não troca o trabalho por nada e que espera chegar o fim do ano para entrar em ação.
Apesar de só trabalhar em dezembro, Firmino diz que tem muitas histórias para contar.
Segundo ele, lidar com a curiosidade das crianças é algo muito divertido. "Elas fazem de tudo para saber se eu sou mesmo de verdade ou se estou apenas vestido de papai-noel", afirma.
Algumas das técnicas utilizadas pelas crianças para descobrir a verdadeira identidade do "velhinho" revelam que elas estão cada vez mais espertas.

Aliança e relógio
Na hora de se arrumar, Firmino precisa ter muito cuidado para não esquecer nenhum detalhe.
"Eles ficam pegando no meu dedo para ver se tenho aliança, passam a mão no meu braço para procurar o relógio e tentam abrir a minha roupa para ver se estou de camisa e tirar a barba", explica.
Firmino diz que, para lidar com as crianças, é preciso ter muita paciência e jogo de cintura.
"Alguns são agressivos, querem bater e xingar para ver como reajo às atitudes deles."
Nessa hora, ele diz que contorna a situação oferecendo um doce ou fazendo uma brincadeira com a criança. "Quase sempre funciona."
Em média, um papai-noel que trabalha seis horas por dia -em shopping centers e lojas- recebe cerca de R$ 700 por mês, mas é possível tirar um pouco mais fazendo visitas a residências nas festas de fim de ano.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.