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SEM CRACHÁ
Disciplina é essencial para divisão dos gastos
À frente do escritório, profissional administra contas e previdência
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os gastos do profissional que
trabalha em "home office" variam de acordo com a atividade.
"Quem precisa muito do telefone deve considerar que a conta
vai, pelo menos, dobrar", explica Ricardo Rocha, da consultoria financeira Dinheirama.
Em casa, é fundamental calcular gastos com compra e manutenção de equipamentos de
informática, saídas para encontros em restaurantes e cafés,
estacionamento e contas de celular, telefone e internet.
"É preciso ser muito controlado com tempo e com o dinheiro que ganha", concorda o
administrador de dados Cristian Barrueco Valenzuela, 35,
que trabalhou em casa por sete
meses em 2008, mas sentiu a
inconstância nos vencimentos
e no volume de trabalho.
O primeiro mês é quando
efetivamente o profissional vai
sentir o quanto seus gastos correntes vão aumentar. Por isso
controle é fundamental.
Consultores financeiros recomendam dividir as finanças
particulares e as jurídicas em
planilhas, cartões e contas bancárias distintos.
"Impostos e gastos com a
empresa devem ser pagos na
conta jurídica, onde deve sobrar um capital de giro. O restante é lucro, que deve ser
transferido para a física", explica o consultor Fabiano Calil,
professor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).
Ele recomenda que entrem
na planilha jurídica os itens
com aumento significativo
-como a conta de telefone- e,
no orçamento doméstico, os
que quase não se alteraram -é
o caso do gasto com energia elétrica, por exemplo.
Para Leandro Martins, da
consultoria Investeducar, essa
divisão deve ser feita de acordo
com as horas a mais em que a
estrutura doméstica é usada.
Poupança
Quem é autônomo também
deve pensar no futuro e garantir uma poupança que permita
sua sobrevivência durante um
período de seis a 12 meses, se ficar sem trabalhar.
Com isso, os períodos de baixa não terão impacto sobre a
qualidade de vida e a pontualidade nas contas.
Poupar também é importante para fins de previdência, já
que o profissional autônomo
não contará mais com as garantias da CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho), reforça Martins, da Investeducar.
Ela pode ser programada de
acordo com o objetivo de vida
do profissional.
(JV)
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