São Paulo, domingo, 21 de março de 2004

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NOVOS RUMOS

Cuba e Chile viram roteiros desejados, enquanto procura pela Espanha permanece estável

Opção por América Latina dobra em três anos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A crescente procura pelo aprendizado do espanhol, idioma que já se tornou obrigatório no currículo da maioria dos profissionais, e os altos preços da Europa pós-euro levaram à abertura de uma nova fronteira para os cursos no exterior. A Argentina, o Chile, Cuba e até mesmo o México e El Salvador têm sido mais procurados pelos brasileiros.
De acordo com dados da Belta, o número de alunos que vão para esses países dobrou nos últimos três anos, enquanto a procura pela Espanha permaneceu praticamente estável. Operadores e donos de agências destacam o preço como o grande atrativo para quem opta por aprender espanhol na América Latina.
Um mês em Buenos Aires, por exemplo, já contabilizados os preços de passagem, curso, hospedagem e alimentação, custa cerca de US$ 1.000. Viajar para a Espanha significa um gasto de cerca de US$ 700 só com passagem aérea. Quem for à Europa também vai precisar desembolsar mais se resolver sair para jantar, visitar museus e viajar nos fins de semana.

Três horas e meia de vôo
"Escolhi a Argentina [Córdoba] porque dispunha de apenas uma semana e tinha acumulado milhagem suficiente para uma passagem aérea para a América Latina. Gastei US$ 350 com o curso [o pacote inclui também hospedagem e meia-pensão] e mais US$ 100 com despesas gerais", conta o carioca Renato Martins, 49, para quem a proximidade geográfica (três horas e meia de vôo, em comparação com as dez horas para Madri) foi decisiva na hora da escolha. "Gastaria o mesmo se optasse por um final de semana caprichado em Búzios."
Outra alternativa é ir para Cuba, e os fatores que pesam não são nem o medo de atentados nem os preços mais baixos. "Quem procura as agências querendo ir para lá não tem outro destino em mente: quer Cuba e pronto", afirma Cláudia Farina, da SIP Travel.
Foi o caso da advogada Elisa Vasconcelos, 43. "Meu objetivo era visitar Cuba e resolvi aproveitar a viagem para fazer um curso de espanhol. Gosto de me misturar com as pessoas e de conhecer os seus costumes. Aprender o idioma é uma das melhores maneiras de fazer isso", diz ela, que também fez aulas de dança no período em que ficou na ilha. (RAP)

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