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Venda-se
Mostre com uma boa carta de apresentação que você é quem a empresa procura
LIA REGINA ABBUD
da Reportagem Local
Atrair a atenção do selecionador e aumentar a chance de
conseguir uma entrevista. É
esse o objetivo da carta de
apresentação, que todo candidato deve enviar aos recrutadores junto com o currículo.
O documento serve como
ferramenta de apresentação
-para explicar por que você
está enviando o currículo- e
também como forma de convencer o selecionador de que
você seria uma importante
"aquisição" para a empresa.
Por isso o texto da carta pode decidir a sua sorte. Consultores ouvidos pela Folha dizem que uma boa redação não
é capaz de esconder falhas no
currículo, mas uma mal elaborada pode pôr tudo a perder.
Erros e apelos
O problema é saber exatamente o que e como escrever.
Segundo Carlos Diz, sócio-diretor da Spencer Stuart, empresa especializada em contratações, o objetivo principal
da carta é chamar a atenção
para o que vem a seguir no
currículo, em anexo.
Para isso, é importante que o
candidato mostre, de maneira
honesta e clara, por que tem
interesse em trabalhar naquela empresa e naquele cargo.
Portanto, evite aumentar as
suas qualidades, abusar dos
adjetivos, adotar um vocabulário excessivamente formal
ou casual e dar à carta um tom
apelativo. "Não adianta prometer nela o que não é confirmado no currículo. Erros de
português também são imperdoáveis", avisa Carlos Diz.
Lembre que, mesmo comovido com a carta, ninguém irá
chamá-lo se o currículo não
atender às expectativas.
"Cartas cheias de emoção
não são eficientes porque, já
no primeiro contato, o candidato foge da relação profissional, deixando transparecer
com mais força a relação pessoal", diz Elaine Saad, sócia da
Saad Fellipelli Outplacement,
empresa especializada em recolocação de profissionais.
Para Carlos Diz, os candidatos devem evitar frases apelativas -como "estou precisando muito de um emprego"-
ou exageradas -do tipo
"adoro a sua empresa".
Objetividade
Quanto ao tamanho do texto, o ideal é que a carta tenha
entre 10 e 15 linhas, espaço suficiente para dizer o necessário de forma sintética. Utilizar
uma linguagem muito formal,
cheia de palavras rebuscadas,
também não é aconselhável.
Como o currículo é uma ferramenta atemporal, é na carta
de apresentação que o candidato deve colocar a data do
envio e a assinatura. Currículos nunca são assinados.
Os modelos de carta também precisam ser montados
de acordo com a situação
(quando houve um anúncio
para a vaga, por exemplo).
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