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Especialistas questionam método de empresas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Vincular metas de saúde à
bonificação anual não é a solução mais adequada para promover uma política de saúde e
bem-estar entre os executivos,
na avaliação de especialistas.
"Pode ser uma forma invasiva, dependendo de como for
conduzida pela empresa", argumenta René Ballo Bueno, consultor sênior da Mercer.
Casos em que o laudo ou a
meta são disponibilizados ao
superior, por exemplo, têm todos os ingredientes para gerar
constrangimento e mal-estar.
Porém, ressalta o consultor,
se a adesão ao programa for voluntária, os riscos de exposição
e invasão desse profissional
tenderão a ser minimizados.
Fábio Mandarano, gerente
sênior da área de consultoria de
capital humano da Deloitte
Touche Tohmatsu, considera
difícil a consolidação desse modelo no mercado brasileiro.
"Às vezes, o executivo precisa
de uma válvula de escape", diz,
referindo-se à eventual falta de
regras de saúde, como alimentação e descanso desregulados.
Premiações podem até ter
seu apelo, mas ainda estão longe dos resultados obtidos com
recursos motivacionais, sugere.
Para o especialista, mais eficaz do que vincular bônus à
saúde é o superior ter uma conversa com o executivo. "Vale dizer: queremos você aqui na empresa, mas você tem que fazer a
sua parte, cuidar de si."
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