São Paulo, domingo, 21 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Especialistas questionam método de empresas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Vincular metas de saúde à bonificação anual não é a solução mais adequada para promover uma política de saúde e bem-estar entre os executivos, na avaliação de especialistas.
"Pode ser uma forma invasiva, dependendo de como for conduzida pela empresa", argumenta René Ballo Bueno, consultor sênior da Mercer.
Casos em que o laudo ou a meta são disponibilizados ao superior, por exemplo, têm todos os ingredientes para gerar constrangimento e mal-estar.
Porém, ressalta o consultor, se a adesão ao programa for voluntária, os riscos de exposição e invasão desse profissional tenderão a ser minimizados.
Fábio Mandarano, gerente sênior da área de consultoria de capital humano da Deloitte Touche Tohmatsu, considera difícil a consolidação desse modelo no mercado brasileiro.
"Às vezes, o executivo precisa de uma válvula de escape", diz, referindo-se à eventual falta de regras de saúde, como alimentação e descanso desregulados.
Premiações podem até ter seu apelo, mas ainda estão longe dos resultados obtidos com recursos motivacionais, sugere.
Para o especialista, mais eficaz do que vincular bônus à saúde é o superior ter uma conversa com o executivo. "Vale dizer: queremos você aqui na empresa, mas você tem que fazer a sua parte, cuidar de si."


Texto Anterior: Firmas põem exame físico como meta para bônus
Próximo Texto: Pesquisa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.